O grupo de trabalho que reuniu, esta tarde, na Secretaria Regional de Saúde e Protecção Civil para abordar a problemática das drogas psicoactivas estabeleceu como prioritária a actualização da lista de substâncias proibidas. No final do encontro, Pedro Ramos, referiu ser esta actualização fundamental para ultrapassar os “grandes problemas de contra-ordenação e de criminalização” da comercialização destas drogas. 

Aos jornalistas, o secretário regional da Saúde, referia que este novo grupo de trabalho que agora se junta enquadra-se no “novo olhar sobre estas novas substâncias psicoactivas” que têm causado “problemas para os nossos jovens”. O governante lembrou a importância da legislação veiculada há 10 anos na Madeira, que permitiu encerrar estabelecimento de venda e controlar a liberalização de algumas destas substâncias, mas reconheceu que a realidade mudou, daí a importância da actualização da lista de substâncias que integra esse diploma. Pelo meio não faltaram críticas aos chumbos da Assembleia da República às propostas de alteração que foram sendo apresentadas ao longo da última década. 

Na ocasião, Pedro Ramos destacou, também, a disponibilidade da Polícia Judiciária, através do seu laboratório de toxicologia, para o auxílio na testagem das substâncias apreendidas, aspecto que poderá agilizar, conforme disse, a actuação do Ministério Público na Madeira, nas matérias relacionadas com a toxicodependência. 

Disponíveis mostraram-se, também, as duas unidades com internamento psiquiátrico, onde são internadas, também, as pessoas com problemas de toxicodependência, nomeadamente a Casa de Saúde São João de Deus e a Casa de Saúde Câmara Pestana. A isso, juntou Pedro Ramos a presença física, até às 20 horas, de psicólogos e psiquiatras no Serviço de Urgência do SESARAM, o que, conforme revelou, permite “agilizar todo este processo de internamento” das pessoas que são encaminhadas pela PSP para o hospital.