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Carlos César pede "mais atenção e mais proactividade" ao Governo

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O presidente do PS, Carlos César, pediu hoje "mais atenção e mais proatividade" ao Governo ao fazer um balanço da sua ação após a "história indesejada, e indesejável, da curta permanência de Alexandra Reis" como secretária de Estado do Tesouro.

"Feitas as contas... está a valer a pena a escolha que os portugueses fizeram nas últimas eleições. Mas, mais atenção e mais proactividade do governo só lhe farão bem... e a todos nós!", escreveu o ex-líder parlamentar socialista na sua conta oficial no Facebook.

Apesar de considerar que "a superficialidade de alguns, política e partidariamente interesseira, centrar-se-á nas contas aos incidentes", Carlos César fez um balanço positivo da ação do executivo de António Costa, sustentando que os portugueses "lembrar-se-ão do que o governo já fez para conter e baixar preços da energia a partir de 11 de janeiro".

No balanço entrarão também "os excelentes resultados, validados pelas instituições internacionais, da nossa economia, desde o crescimento do investimento empresarial ao das exportações, ao mesmo tempo que se reduziu o défice e a dívida", tal como "o aumento do emprego e da sua remuneração média, da redução do desemprego e da precariedade laboral" e "das diversas e sucessivas medidas de apoio do governo aos rendimentos das pessoas e das famílias, para atenuar os efeitos, que quase todos sentem, provocados pela inflação que nos atinge" em consequência da pandemia e da guerra, sustentou.

"Claro que há muitas pessoas com dificuldades, muitas inércias no terreno dos serviços locais da segurança social, algumas indiferenças e muitas demoras em outros setores que não se justificam e que o governo não pode ignorar e tem de retificar", alerta.

O presidente do PS termina o 'post' aconselhando "mais atenção e mais proatividade" ao Governo, depois de "terminada a história indesejada, e indesejável, da curta permanência de Alexandra Reis no governo".

Alexandra Reis recebeu uma indemnização de meio milhão de euros por sair antecipadamente, em fevereiro, do cargo de administradora executiva da transportadora aérea, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos. Em junho, foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV) e no final do ano escolhida para secretária de Estado do Tesouro.

A indemnização a Alexandra Reis foi criticada por toda a oposição e questionada até pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao dizer que "há quem pense" que seria "bonito" a secretária de Estado prescindir da verba.

Depois de pedidos de esclarecimento à TAP, dos ministros das Finanças e das Infraestruturas, e de o próprio primeiro-ministro, António Costa, ter admitido que desconhecia os antecedentes de Alexandra Reis, a demissão foi anunciada na terça-feira à noite pelo gabinete de Fernando Medina.