Madeira

USAM considera aumento do salário mínimo regional "insuficiente"

União dos Sindicatos da Madeira justifica com o "brutal aumento do custo de vida"

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A União dos Sindicatos da Madeira manifestou-se contra o aumento do salário mínimo regional para 785 euros (+8,57%), justificando ser o resultado de uma "política de baixos salários geradoras do empobrecimento dos trabalhadores e suas famílias".

A reunião da Comissão Permanente da Concertação Social da Região Autónoma da Madeira anunciou ontem o aumento de 65 euros, a partir de de 1 de Janeiro de 2023, do salário mínimo regional , que passará para 785 euros, tendo a USAM votado contra a proposta. 

Salário Mínimo Regional sobe para 785 euros em 2023

Na prática, são 62 euros que os madeirenses e porto santenses vão receber a mais, por mês, a partir de 1 de janeiro de 2023. O maior aumento desde 2015. 

A USAM considera que o aumento do salário mínimo nacional para 2023 "foi manifestamente insuficiente para os trabalhadores enfrentarem o brutal aumento do custo de vida que se verifica", defendendo "o aumento imediato" de 100 euros mensais, ou seja, um salário mínimo mensal de 850 euros com o acréscimo de 8% na Região Autónoma da Madeira "para fazer face aos custos de insularidade".

A Região Autónoma da Madeira apresenta-se como a região do país com os mais altos níveis de pobreza, situação que deveria merecer um maior cuidado por parte do Governo Regional que não deveria se limitar apenas a medidas meramente assistencialistas. São necessárias medidas estruturais para combater este flagelo. O aumento geral dos salários assume-se como uma questão central, absolutamente determinante para garantir e elevar o direito à satisfação das necessidades dos trabalhadores e das suas famílias e proporcionar uma vida digna. USAM