Pelo menos uma pessoa foi hoje morta e outras nove ficaram feridas num ataque ucraniano à cidade de Donetsk, considerado pelo governador imposto pela Rússia, Alexei Kulemzin, como o maior bombardeamento na cidade desde 2014, informaram autoridades pró-Rússia.

"Como resultado do bombardeamento dos distritos de Voroshilov e Kiev pelas formações armadas ucranianas de Donetsk, nove civis ficaram feridos e um pessoa foi morta", notificou o quartel-general da Defesa Territorial da autoproclamada república de Donetsk, anexada pela Rússia em setembro.

Segundo escreveu no canal de mensagens Telegram o governador russo da cidade, o ataque começou às 07:00 locais (04:00 em Lisboa), e constituiu o "maior ataque desde 2014".

A Ucrânia, referiu, lançou 40 mísseis "contra civis a partir de lançadores múltiplos BM-21 Grad".

Kulemzin adiantou ainda, citando "testemunhas oculares", que houve incêndios e danos em edifícios de grande altura causados pelas ondas de choque, mas também no campus da universidade, numa creche e na cúpula da catedral da Transfiguração.

Uma mulher foi resgatada dos escombros de um prédio residencial, segundo o Ministério para Situações de Emergência da autoproclamada república de Donetsk.

De acordo com o ministério, pelo menos oito edifícios de apartamento ficaram danificados, além de um centro comercial, uma residência de estudantes e quatro viaturas.

Cerca de duas horas depois, as tropas ucranianas também terão disparado seis projéteis de calibre 155 milímetros na direção dos distritos de Kiev e Kuibyshev, na região oriental de Donetsk, que as forças russas controlam desde 2014.