A Guerra Mundo

Kuleba condena ataque a embaixada de Madrid e promete punir culpados

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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dimitro Kuleba, condenou hoje o ataque registado hoje na embaixada ucraniana em Madrid e garantiu que as autoridades ucranianas vão tomar "todas as medidas" para que os culpados "sejam severamente castigados".

"Este é um incidente muito sério. Trata-se de um ataque a uma instituição diplomática, que está suportada no direito internacional, pelo que agora a polícia espanhola prossegue investigações", disse Kuleba num vídeo registado pela agência Ukrinform, adiantou a Europa Press.

Da mesma forma, o chefe da diplomacia ucraniana assegurou que Kiev tomará todas as medidas necessárias para que, quando se esclareça a autoria do "ataque terrorista", os culpados "sofram um severo castigo".

Um homem ficou hoje ferido sem gravidade na embaixada da Ucrânia em Madrid devido à explosão de um artefacto que estava dentro de um envelope, segundo a Polícia Nacional de Espanha.

Fontes da polícia citadas por meios de comunicação espanhóis revelaram que o homem ferido é um funcionário da embaixada que tinha recebido o envelope que explodiu.

A polícia recebeu o alerta da embaixada ucraniana por volta das 13:15 locais (12:15 em Lisboa) e foi ativado um dispositivo de segurança e antiterrorista, que inclui peritos em explosivos e cães treinados que estão a inspecionar todo o edifício, segundo as mesmas fontes.

De acordo com a Europa Press, o envelope continha no interior elementos de pirotecnia e era dirigido ao próprio embaixador, Sergei Pohoreltsev.

Kuleba confirmou hoje que o funcionário ferido já recebeu assistência médica e regressou à embaixada em Madrid.

A Ucrânia foi atacada militarmente pela Rússia em 24 de fevereiro deste ano.

A ofensiva militar lançada pela Rússia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.655 civis mortos e 10.368 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.