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Atacante em duas escolas no Brasil era um ex-aluno numa delas e vestiu-se com suástica

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Foto tirada do vídeo de vigilância de uma das escolas

O autor de um ataque de sexta-feira em duas escolas no Brasil, onde três pessoas foram mortas e onze ficaram feridas, era um antigo aluno de uma das escolas, que recebe cuidados psiquiátricos e estava a usar uma suástica na sua roupa no momento do ataque.

O agressor de 16 anos de idade não foi identificado pelas autoridades e confessou o crime quando foi detido pela polícia, mas até agora não explicou o motivo do ataque.

O ataque ocorreu na cidade de Aracruz, no estado do Espírito Santo, com dois professores e uma criança a mortos, e onze feridos, quatro deles em estado grave.

O jovem era estudante na escola Primo Bitti, uma das escolas atacadas, quando mudou de escola por razões desconhecidas das autoridades.

Para cometer o crime, utilizou uma pistola semiautomática pertencente ao seu pai, um agente da polícia, e um revólver da polícia.

No seu relato, o agressor disse ter planeado o crime durante dois anos e disparado à vontade, "sem um alvo definido", segundo o secretário regional da segurança pública, Márcio Celante.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, disse na mesma conferência de imprensa que o jovem tem um "problema de saúde mental" e está a receber cuidados psiquiátricos.

Também revelou que estava a usar uma suástica na roupa camuflada. As autoridades estão a investigar se ele pertence a um grupo nazi.

"Isto mostra como a cultura da violência está presente em algumas pessoas, e infelizmente em alguns jovens", disse Casagrande.

O jovem foi à escola no carro do seu pai, entrou na escola Primo Bitti quebrando a fechadura da porta traseira, foi para a sala dos professores e abriu fogo sobre os professores, que estavam num intervalo entre as aulas.

Foi depois para o Centro Educacional Praia do Coqueiral, uma escola pública na mesma avenida, e matou várias crianças, depois fugiu, mas foi detido horas mais tarde numa casa de família.