Mais um mês em que os preços disparam, ainda que apenas meio ponto percentual em Outubro face a Setembro de 2022,passando a taxa de inflação a valer +5% na Região Autónoma da Madeira (RAM), com o indicador de preços a subir há 21 meses, inflacionado sobretudo desde há 14 meses e tendo atingido no último mês em análise o valor mais alto em 28 anos.

De acordo com o Índice de Preços no Consumidor (IPC), a variação média registada nos últimos doze meses – Total Geral – "foi de 6,1%, superior em 0,5 pontos percentuais (p.p.) ao registado no mês anterior", informa a Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM). "Note-se que este indicador está em trajectória ascendente desde Fevereiro de 2021 e em terreno positivo desde o mês de Setembro do mesmo ano, atingindo neste mês de Outubro de 2022 o valor mais elevado desde Outubro de 1994", refere. "O indicador de inflação subjacente, medido pelo índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, apresentou uma taxa de 5,0%, valor superior em 0,5 p.p. ao observado no mês anterior".

Neste particular, "os bens registaram uma taxa de 6,8% e os serviços de 5,0%", com "todas as classes do IPC" a apresentarem "variações positivas, sendo os 'Restaurante e Hotéis' (+13,2%), 'Transportes' (+11,1%) e 'Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas' (+8,1%)", sendo estas classes as que "registaram os aumentos mais expressivos", assegura a DREM.

"No País, o IPC observou uma taxa de variação média de 6,7%, valor superior em 0,7 p.p. ao verificado no mês anterior (6,0%)", o que significa que a Madeira continua com uma taxa de inflação inferior à média nacional.

"Em termos homólogos, ou seja, comparando Outubro de 2022 com o mesmo mês de 2021, a variação de preços foi de +8,1% (+10,1% no País), + 0,1 p.p. face a mês anterior (8,0%), invertendo tendência de decréscimo iniciada em Julho, depois de ter atingido um pico em Junho (+8,8%)", destaca.

Ainda em Outubro, "o valor médio das rendas de habitação por metro quadrado de área útil, na Região, apresentou uma variação de +0,5% face ao mês anterior e de +3,0% se comparado com mês homólogo", sinaliza.