Madeira

PS culpa Governo pela falta de mão-de-obra

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O Partido Socialista (PS) Madeira culpa o Governo Regional pela falta-de-mão de obra na Região, situação que dizem dever-se, sobretudo, aos baixos salários.

Sérgio Gonçalves diz mesmo que as palavras de Miguel Albuquerque ao defender a importação de mão-de-obra menos qualificada são "uma tremenda falta de respeito para com os madeirenses que foram obrigados a deixar a sua terra e para com aqueles que continuam a auferir de salários tão baixos que mal conseguem fazer face às despesas correntes”. 

O líder dos socialistas madeirenses critica aquela que considera ser uma atitude “hipócrita” do presidente do Governo Regional, tendo em conta as políticas ineficientes em matéria laboral que têm vindo a ser seguidas pelos seus Executivos.

“Os sucessivos Governos Regionais têm-se revelado incapazes de implementar medidas que promovam o emprego digno e oportunidades para todos e isso está na génese da expressiva saída de pessoas a que temos assistido ao longo dos últimos anos”, afirma o líder dos socialistas madeirenses, lembrando que na última década a Região perdeu cerca de 17 mil pessoas, “empurradas para a emigração” por falta de perspetivas de trabalho.

Se, há uns anos, o então primeiro-ministro do PSD, Pedro Passos Coelho, havia ‘convidado’ os jovens portugueses a emigrarem, o atual presidente do Governo não só confirma essa posição, como, com a sua incapacidade governativa, tem obrigado os madeirenses a fazerem-no, provocando um acentuado desequilíbrio na balança demográfica da nossa Região. Sérgio Gonçalves, presidente do PS-Madeira

Além disso, o socialista realça a política de baixos salários e de precariedade laboral com a qual o Governo Regional tem vindo a fomentar, da qual diz ser um exemplo as várias carreiras na administração pública. Recorda, a propósito, que o PS tem apresentado propostas no sentido de inverter esta situação, nomeadamente o aumento para 5% do acréscimo regional ao Salário Mínimo, medida que o Executivo madeirense continua a não querer implementar.