Mundo

Comissário europeu para Alargamento reúne com Zelensky e reitera apoio

None

O comissário europeu para o Alargamento, Oliver Várhelyi, reuniu-se hoje com o Presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, reiterando o compromisso da União Europeia (UE) com a soberania do país, perante a ameaça russa.

"Encontrei-me com o presidente Zelensky. Confirmei o compromisso contínuo com a soberania e integridade territorial e resiliência socioeconómica da Ucrânia", escreveu o comissário na rede social Twitter.

Várhelyi acrescentou que a UE vai mobilizar até 6,5 mil milhões de euros em investimentos para apoiar a economia ucraniana, a sua recuperação e crescimento.

A visita de Várhelyi ocorre depois de a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter anunciado, há dois dias, um novo pacote de assistência financeira à Ucrânia no valor de 1,2 mil milhões de euros e doações no valor de 120 milhões de euros.

Durante a sua estada de dois dias em Kiev, o comissário europeu vai discutir o Plano Económico e de Investimento da UE para a Parceria Oriental, que se centrará no reforço da conectividade, desenvolvimento do setor privado, transição económica nas zonas rurais, eficiência energética e digitalização na Ucrânia.

Entretanto, a ajuda militar continua a chegar à Ucrânia e a República Checa anunciou hoje que vai doar 4.000 projéteis de artilharia, nos próximos dias.

"A doação de mais de 36,6 milhões de coroas (1,5 milhão de euros) foi aprovada hoje pelo Governo", disse o porta-voz do Ministério da Defesa checo, Jakub Fajnor.

O Governo da República Checa junta-se a vários países, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido, que têm feito chegar armamento às Forças Armadas ucranianas, perante a possibilidade de uma invasão russa.

O Governo alemão, que se recusa a entregar armas à Ucrânia, anunciou hoje que vai fornecer 5.000 capacetes militares, provocando críticas e acusações de comportamento ridículo dentro e fora da Alemanha.

"Já analisámos o assunto e entregaremos 5.000 capacetes à Ucrânia", anunciou a ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, após uma reunião do Comité de Defesa do parlamento.

"É equipamento, não é arma. Mas ajuda, dá apoio. E é exatamente assim que vamos continuar a trabalhar neste conflito", acrescentou a ministra

Contudo, o anúncio da Alemanha - que prometeu também entregar um hospital de campanha - suscitou imediatamente sarcasmo e críticas.

"Cinco mil capacetes é uma piada", reagiu o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, em declarações ao jornal alemão Bild.

"O que é que a Alemanha vai enviar a seguir? Almofadas?", interrogou-se o autarca da capital ucraniana.

Também a oposição interna ao Governo de coligação na Alemanha reagiu com sarcasmo a esta oferta de Berlim.

"O Governo alemão está a tentar dar a impressão de que está muito próximo da Ucrânia. Mas entregar 5.000 capacetes parece-me, no mínimo, cínico", disse o porta-voz da CDU para as questões de Defesa.

"O Governo federal apenas está a tornar as coisas piores para si", concordou Norbert Rottgen, um dos líderes do Partido Democrata Cristão na Alemanha.