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910 funcionários das forças de segurança da Venezuela acusados de violação dos Direitos Humanos

Foto EPA/Jorge Torres
Foto EPA/Jorge Torres

As autoridades da Venezuela acusaram formalmente, entre agosto de 2017 e dezembro de 2021, 910 funcionários de distintos organismos de segurança do Estado venezuelano, pela alegada violação dos Direitos Humanos.

Os dados fazem parte de um relatório apresentado hoje pelo Ministério Público da Venezuela perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU, por ocasião do terceiro Exame Periódico Universal (EPU) de Direitos Humanos à Venezuela.

No entanto, segundo o documento, 619 funcionários continuam detidos e foram registadas 229 sentenças condenatórias.

A Venezuela deu conta ainda que entre agosto de 2017 e dezembro de 2021, foram realizados 46.853 procedimentos em matéria de corrução, com 9.488 atos conclusivos, 4.762 acusações, 1.881 sentenças condenatórias e 3.072 pessoas condenadas.

Durante o EPU a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, sublinhou o compromisso do país com os Direitos Humanos dos venezuelanos e insistiu que Caracas é vítima de sanções internacionais impostas pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e outros países do Conselho de Segurança da ONU.

"Algo está mal quando convivemos, num mesmo lugar, os agressores e as vítimas", disse.

Delcy Rodríguez sublinhou que "a voz de todos deve ser o levantamento das medidas coercitivas e unilaterais, dessas sanções ilícitas que se conformam como uma verdadeira potência e codiciosa arma de destruição em massa dos Direitos Humanos".

Apesar das sanções a Venezuela disse ter feito importantes progressos em matéria de habitação social, educação, serviços públicos, na consolidação do sistema de justiça e no combate à pandemia da covid-19, tendo vacinado 98% da sua população.