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Carlos Pereira critica governação PSD-CDS por não alocar nenhuma verba do PRR para o apoio ao tecido empresarial

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Carlos Pereira critica a governação PSD-CDS na Madeira por não alocar nenhuma verba do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para o apoio ao tecido empresarial e, ainda assim, os seus candidatos ao parlamento nacional terem o descaramento de acusar o Governo da República.

O cabeça-de -ista do PS pelo círculo eleitoral da Madeira diz ser inaceitável que, em mais de 800 milhões de euros que a Região recebe ao abrigo do PRR, o Governo Regional exclua “todo o tecido económico da Região Autónoma da Madeira, pondo em causa o emprego de milhares de trabalhadores”.

Carlos Pereira sublinha que a gestão das verbas do PRR cabe ao Governo Regional, mas que o mesmo optou por canalizar todo o montante para a administração pública, “engordando os mesmos de sempre” e “deixando para trás as empresas, que criam postos de trabalho e passam por dificuldades”.

Por outro lado, o candidato do PS faz um paralelo com o que se passa no arquipélago vizinho, dando conta que os Açores reservaram 125 milhões de euros do PRR para ajudar as empresas. “Na Madeira, o PSD e o CDS dão zero euros”, frisa.

Carlos Pereira não deixa também de esclarecer que, se não fossem as medidas de apoio implementadas a nível nacional e que incluíram também as Regiões, nomeadamente o layoff e as moratórias, as empresas madeirenses estariam numa situação ainda mais dramática, porque “o Governo Regional do PSD-CDS quis guardar as verbas do PRR no seu cofre, sem se importar com o setor privado” e agora “quer atirar areia para os olhos dos madeirenses”.

O cabeça-de-lista do PS assinala também o facto de a candidatura do PSD-CDS fingir-se agora preocupada em relação ao salário mínimo, quando foram esses mesmos partidos, inclusive os deputados eleitos pela Madeira pelo PSD, que votaram contra o Orçamento do Estado que contemplava um aumento do salário mínimo e uma melhoria progressiva das condições de vida dos portugueses.

“Desde que o Governo de António Costa iniciou funções, o salário mínimo tem vindo a crescer paulatinamente e o objectivo é que esta remuneração passe para os 900 euros até 2026. Mas o PSD não teve pejo em, mais uma vez, impedir o aumento dos rendimentos das famílias”, constata Carlos Pereira, acusando a coligação PSD-CDS de hipocrisia política.