Palhaço rico do Porto Moniz

Não sou amigo do Secretário Regional de Saúde e Proteção civil, muito menos seu advogado de defesa, mas não ficaria bem com a minha consciência caso se não denunciasse o comportamento vergonhoso, ascoroso e até ordinário do sr. Emanuel Câmara, ainda presidente da Câmara Municipal do Porto Moniz, que apelidou de «palhaço mor» o dr. Pedro Ramos, só porque não gostou do alargamento do horário proposto para o Centro de Saúde local.

Na política não pode valer de tudo, sobretudo a ofensa gratuita, mesmo que a razão possa estar do nosso lado, porque rapidamente a perdemos e passamos a ser vilões em casa própria, como é o caso do sr. Emanuel Câmara, que sempre teve a mania de ser uma estrela – aliás, foi o próprio que tal se intitulou, o que diz bem do caráter de um indivíduo.

Barriga de aluguer para o assalto ao poder no PS-Madeira, como todos os militantes socialistas reconhecem, o presidente da Câmara Municipal do Porto Moniz, que governa a edilidade da forma como fala, isto é, ofendendo quem o contraria, nunca passou de um palhaço rico, que perdeu sempre palco para os palhaços pobres mas que, de forma matreira, assegurou os famosos «jobs» para os seus «boys».

Tal como um lobo em pele de cordeiro, o sr. Emanuel Câmara tem governado um concelho como quer, oferecendo apoios sociais que ameaça retirar à mínima contestação, provavelmente numa lógica de que não se morde a mão do dono. Mas, se o povo aceita ser governado desta forma, não compete a quem está de fora de corridas eleitorais manifestar-se. No entanto, pode e deve denunciar a ofensa gratuita, a garotice de um cidadão que perde toda e qualquer razão, assim que alguém o aperta ou não faz como quer. Bem à moda de uma ditadura.

Sónia Queiroz