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Astronautas chineses regressam à Terra após 90 dias no espaço

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Três astronautas chineses regressaram hoje à Terra, após uma permanência de 90 dias a bordo da primeira estação espacial do China, na missão tripulada mais longa de sempre do país asiático no espaço.

A nave espacial Shenzhou-12 pousou logo após as 13:30 (06:30, em Lisboa), com Nie Haisheng, Liu Boming e Tang Hongbo a bordo, depois de ter deixado a estação espacial da China na manhã de quinta-feira.

A emissora estatal CCTV mostrou imagens da nave a cair de paraquedas no deserto de Gobi, onde foi recebida por helicópteros e veículos. Minutos depois, uma equipa de técnicos começou a abrir a escotilha da cápsula, que parecia intacta.

Os três astronautas estabeleceram um novo recorde do país asiático, de mais tempo passado no espaço.

Após o lançamento, em 17 de junho, o comandante da missão Nie e os astronautas Liu e Tang fizeram duas caminhadas espaciais, implantaram um braço mecânico de 10 metros e realizaram uma videochamada com o Presidente chinês, Xi Jinping.

Embora poucos detalhes tenham sido divulgados pela agência espacial da China, espera-se que trios de astronautas sejam levados em missões de 90 dias à estação nos próximos dois anos, visando tornar a infraestrutura totalmente funcional.

O Governo chinês não anunciou ainda os nomes do próximo grupo de astronautas nem a data de lançamento do Shenzhou-13.

A China enviou para o espaço 14 astronautas desde 2003, quando se tornou o terceiro país, depois da antiga União Soviética e dos Estados Unidos, a fazê-lo por conta própria.

Após ser concluída com o acrescento de mais dois módulos, a estação pesará cerca de 66 toneladas, uma fração do tamanho da Estação Espacial Internacional, que lançou o seu primeiro módulo, em 1998, e pesará cerca de 450 toneladas quando estiver concluída.

Pequim lançou o seu plano para construir tais instalações no início dos anos 1990, após sucessos em missões anteriores e da sua exclusão da Estação Espacial Internacional, em grande parte devido às objeções dos Estados Unidos, que criticam a natureza opaca e os laços militares do programa chinês.