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Brasil com mais 2.723 mortes e 85.748 novas infecções

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O Brasil, um dos países mais afetados pela pandemia no mundo, contabilizou hoje 2.723 mortes e 85.748 novas infeções pelo novo coronavírus, informou o Ministério da Saúde brasileiro.

No total, o país sul-americano, com 212 milhões de habitantes, concentra 479.515 vítimas mortais e 17.122.877 diagnósticos positivos de covid-19 desde o início da pandemia, registada oficialmente no país em fevereiro do ano passado.

Contudo, tal como ocorreu na terça-feira, os dados de hoje são parciais, não contando com os números registado no Estado de Ceará, que, devido a problemas técnicos, não conseguiu comunicar atempadamente os registos das últimas 24 horas.

Os dados fazem parte do último boletim epidemiológico divulgado pela tutela da Saúde, que dá ainda conta de uma taxa de incidência da doença no Brasil de 228 mortes e 8.148 casos por 100 mil habitantes.

Em números absolutos, Brasil é o segundo país com mais mortes em todo o mundo, atrás dos Estados Unidos, e o terceiro com mais infeções, antecedido pelos norte-americano e pela índia.

A nível nacional, São Paulo é o foco da pandemia no país, com 3.382.448 casos de covid-19, sendo seguido por Minas Gerais (1.646.104), Paraná (1.132.325) e Rio Grande do Sul (1.131.669).

Já as unidades federativas que concentram mais óbitos são São Paulo (115.960), Rio de Janeiro (52.094), Minas Gerais (42.000) e Rio Grande do Sul (29.218).

Na sessão de hoje da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado brasileiro, que investigada eventuais falhas do Governo na gestão da pandemia, o ex-secretário-geral do Ministério da Saúde Élcio Franco afirmou que o Ministério da Saúde não era consultado pela Presidências brasileira para decretos, projetos, medidas provisórias e vetos sobre pandemia

Na visão da senadora Simone Tebet, essas afirmações confirmam que "existiam dois Ministérios", em referência a um alegado gabinete paralelo que aconselhava o Presidente, Jair Bolsonaro, sobre a pandemia.

Franco, que é coronel da reserva, foi o segundo nome da hierarquia da pasta entre junho de 2020 e março de 2021, na gestão do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde,

As questões dos senadores centraram-se na relutância do Governo Federal em adquirir e financiar a CoronaVac, vacina produzida pela chinesa Sinovac e pelo Instituto Butantan, de São Paulo; assim como falhas nas negociações para a compra das vacinas da Pfizer.

O ex-secretário-executivo atribuiu a demora na compra da CoronaVac a dois fatores: incerteza quanto à eficácia da vacina e a necessidade de adequar a legislação.

Franco disse ainda que, devido a "incertezas" e receio de que a CoronaVac terminasse num "cemitério de vacinas", o Governo não comprou doses do imunizante em 2020.

Em relação à Pfizer, Franco atribuiu a demora na compra às "cláusulas leoninas" impostas pela empresa, segundo avaliou. Quanto à falta de resposta para as reiteradas ofertas da Pfizer por e-mail, Franco alegou, entre outros motivos, problemas técnicos.

No depoimento, Franco negou ainda que o Ministério da Saúde tenha apostado na tese da imunidade de rebanho para travar a pandemia, estratégia que chegou a ser defendida pelo Presidente, Jair Bolsonaro.

A pandemia de provocou, pelo menos, 3.750.028 mortos no mundo, resultantes de mais de 173,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.