Tem um galinheiro!

Se tem um galinheiro, e uma vizinhança, “simpática”, então deixo aqui uns conselhos.

Primeiro, construa um galinheiro com condições de conforto para os animais: animais felizes, crescem saudáveis.

Tenho um galinheiro, que era uma antiga casa, pequena de 3 quartos, 2 foram transformados em zona de criação de galinhas. Um quarto armazena os alimentos e serve para guardar equipamento agrícola, esta ainda equipado com luz, água canalizada, Internet e uma televisão que ajuda a relaxar as galinhas e o tratador.

Logo, que pude, efectuei o registo da actividade. O galinheiro cumpre com a lei.

Desde que comecei a tratar das galinhas, movido, por me ocupar devido ao confinamento, e em garantir ovos e carne de qualidade, caseira, apenas para consumo próprio; desde que iniciei este hobby, caiu-me em cima, a polícia, a polícia florestal, o município, e por último a pecuária, gente simpática a cumprir com o seu trabalho.

Diz o ditado, que é melhor ter um mau ano, que um mau vizinho.

A localização do galinheiro é nas zonas altas de santo António, na serra, onde é habitual existirem animais domésticos, galinhas, cabras, coelhos, carneiros, etc.

Para evitar estes constrangimentos, faça, como fiz, registe o seu galinheiro, o meu está registado, e cumpre o Dec. Legislativo Regional n°14/2019/M, de 10 de Setembro.

Compreendo agora, e muito bem os pastores, não podem ter gado a pastar em lado algum, por isso a RAM compra tudo na nova Zelândia, e aos Açores, temos muitos terrenos urbanos, nas zonas altas, por uns carneirinhos lá a pastar, esqueça, em três tempos verá, que não vale a dor de cabeça, porque basta ter uns vizinhos, que julgam, ter só direitos, e inclusive que os recursos da comunidade estão apenas ao seu serviço.

Nem comento, a saga que foi, quando um amigo me pediu, para lá colocar quatro carneiros, que ajudaram a limpar o terreno e contribuíram para o manter limpo, os carneirinhos, foram logo objecto contestação. Pergunto com tanto terreno abandonado, e com erva, com o município sempre a nos chatear para limpar e desratizar, porque não se autoriza uma pastorícia urbana devidamente monitorizada?

A Junta de freguesia de Santo António, fornece regularmente o necessário para desratizar o terreno, mas limpar e desratizar, torna-se inglório, quando os ribeiros e algumas propriedades continuam abandonadas e infetadas: um rato pode num dia andar 2 km.

Realmente, se alguém, julga que desisto desenganem-se, porque gosto mais dos bichos, que alguns humanos, que se comportam, pior que os carneiros, e valem muito menos, que um galo brahma.

José Silva