Os “fãs” da esquerda sempre prontos a desresponsabilizá-la do que vai mal no País, culpam PSD e CDS pelo epifenómeno André Ventura (AV) e a sua ideologia retrógada de caráter xenófobo que não resolveu o que quer que fosse no passado quanto mais agora. Até Carlos César presidente do PS acha que AV não é “ainda” um perigo para o País, creio que ele quereria dizer PS, mas apenas para o PSD. Partidos e políticos pouco ou nada se preocupam com o crescente grau de abstenção nos atos eleitorais nem tão pouco em procurar saber o que leva tantos eleitores a abster-se de votar nas eleições que são o cerne da democracia. Portugal é atualmente um dos países com maior abstenção eleitoral o que enfraquece e periga a nossa democracia mais do que qualquer AV e isso sim deveria estar no topo das preocupações da classe política nomeadamente dos deputados. Fazer o estudo demográfico da abstenção para conhecer nomeadamente a sua distribuição etária, pois só assim se poderão tomar medidas eficazes que terão de estender-se para além dos períodos eleitorais de modo a motivar a participação dos cidadãos nas eleições e mostrar-lhes a importância fundamental de votar para continuarmos a ter uma democracia que não podendo ser perfeita como o não é qualquer realização humana, é contudo o sistema político que está mais perto desse objetivo. A escola tem um papel fundamental a desempenhar na consciencialização dos jovens para esse imperativo cívico da sua vida adulta. Considero como principal motivo para a abstenção as promessas políticas incumpridas e falaciosas de quem governa, apontando pseudo-soluções para resolver os problemas do País eivadas por ideologias que se revelam inúteis perante a realidade dos factos. Ao contrário do que apregoa a esquerda os problemas do País não se resolvem com ideologia mas com medidas concretas e às vezes duras para relançar economicamente as empresas. Não é a ideologia que sustenta o Estado Social mas sim uma economia forte e competitiva.

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