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Presidente dos EUA insta Senado a aprovar pacote de estímulo fiscal

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O Presidente dos Estados Unidos instou hoje o Senado a aprovar o pacote de estímulo fiscal, avisando que "não há tempo a perder", pois é "necessário aliviar" o sofrimento causado pela pandemia de covid-19 no país.

"Não temos tempo a perder. Se agirmos agora, decididamente, com rapidez e coragem, podemos finalmente impor-nos ao vírus", afirmou Joe Biden, num breve discurso na Casa Branca, horas depois de a Câmara dos Representantes ter aprovado o novo pacote de recuperação da economia, avaliado em 1,9 biliões de dólares (1,6 biliões de euros).

O pacote foi aprovado esta madrugada, com 219 votos a favor (todos democratas) e 212 contra (do bloco republicano e de dois democratas).

"Agora a proposta vai ao Senado, onde espero que seja avaliada com rapidez (...). As pessoas deste país já sofreram demasiado e durante demasiado tempo. Precisamos de alívio para este sofrimento", apelou o Presidente.

Dada a atual composição do Senado (dividido entre 50 democratas e 50 republicanos, com a vice-presidente Kamala Harris a desempatar) e as dúvidas expressas por vários senadores republicanos, antecipam-se duras negociações para levar avante a iniciativa.

Este é o primeiro grande projeto legislativo impulsionado pela administração de Joe Biden e Kamala Harris, que tomou posse em janeiro.

A medida mais chamativa do plano de resgate são os pagamentos diretos aos contribuintes (de 1.400 dólares, 1.155 euros).

Além disso, o plano prevê 350 mil milhões de dólares (289 mil milhões de euros) para as autoridades locais e estaduais, 20 mil milhões de dólares (16,5 mil milhões de euros) para um plano nacional de vacinação e 50 mil milhões (41 mil milhões de euros) para o sistema de testes à covid-19.

O pacote também alarga até agosto os apoios ao desemprego, já que os atuais expiram no dia 14 de março, prazo limite que tanto a administração Biden como os democratas em ambas as câmaras, Representantes e Senado, marcaram para analisar o pacote.

Se for aprovado, o resgate económico de Biden vai somar-se aos 900 mil milhões de dólares (743 mil milhões de euros) que o Congresso impulsionou em dezembro passado e aos 2,2 biliões de dólares (1,8 biliões de euros), o maior pacote da história dos Estados Unidos, aprovados em março de 2020, quando o vírus foi detetado pela primeira vez.

A pandemia de covid-19 matou pelo menos 2.518.080 pessoas em todo o mundo.

Os Estados Unidos são o país mais afetado em número de mortes e de casos, com 510.467 mortes para 28.486.575 casos, de acordo com a contagem feita pela Universidade John Hopkins.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são Brasil, México, Índia e Reino Unido.