Desporto

Benfica e Jesus protagonizam nona mudança da época na I Liga

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Jorge Jesus abandonou hoje o comando técnico do Benfica após temporada e meia, naquela que foi a sua segunda passagem pelo clube, tornando-se na nona mudança de treinadores na edição de 2021/22 da I Liga portuguesa de futebol.

A dois dias da 16.ª jornada da prova, do clássico com o FC Porto no Estádio da Dragão, Jesus deixa o Benfica no terceiro lugar do campeonato, a quatro pontos da liderança, e já afastado da Taça de Portugal.

Em 15 jogos na I Liga, o técnico de 67 anos alcançou 12 vitórias, um empate e duas derrotas, ambas caseiras perante Portimonense (1-0) e Sporting (3-1).

Jesus, que abandona o clube de Luz sem qualquer título conquistado em ano e meio, deixa os 'encarnados' nos oitavos de final da Liga dos Campeões, em que vão defrontar o Ajax, e na 'final four' da Taça da Liga.

No lugar de Jesus ficará até ao final da temporada Nélson Veríssimo, que orientava a equipa B dos 'encarnados', que lidera a II Liga.

Antes, em 19 de dezembro, Ivo Vieira foi afastado do comando do Famalicão, também após 15 jornadas, com o clube na 16.ª e antepenúltima posição e sem vencer há quatro encontros,

Esta época, o Famalicão tem apenas duas vitórias no campeonato, às quais juntou duas na Taça de Portugal e três na Taça da Liga.

Na jornada anterior, Nuno Campos tinha deixado o Santa Clara, apenas após nove jogos no comando da equipa açoriana, depois de ter iniciado a 'dança de treinadores' na edição 2021/22 do campeonato, à oitava ronda, na sequência da saída Daniel Ramos, que solicitou a libertação do Santa Clara, que era 15.º colocado, com seis pontos, para assumir o comando dos sauditas do Al Faisaly.

O técnico foi substituído interinamente pelo até aqui treinador adjunto Tiago Sousa, que se estreou com um triunfo frente ao Vitória de Guimarães.

A saída de Nuno Campos, de 46 anos, ocorreu pouco tempo depois de Jorge Simão ter deixado o comando do Paços de Ferreira, no sábado, face aos maus resultados.

O técnico, de 45 anos, abandona o leme do emblema pacense depois do desaire caseiro perante o Gil Vicente (1-0), o quarto consecutivo, interrompido na estreia de César Peixoto, com um triunfo em casa do Tondela (1-0).

Ao serviço dos Paços de Ferreira, Jorge Simão obteve apenas seis triunfos em 23 encontros oficiais para todas as competições, entre I Liga (duas), taças de Portugal e da Liga (uma em cada competição) e Liga Conferência Europa (as restantes três), com destaque para o triunfo diante do Tottenham, de Inglaterra, por 1-0.

Jorge Simão sucede a João Henriques, que em 01 de dezembro acertou a rescisão de contrato com o Moreirense, também devido aos maus resultados.

Na altura, João Henriques, de 49 anos, tinha deixado os minhotos na 16.ª posição, de acesso ao 'play-off' de permanência, com nove pontos, apenas um acima da zona de descida direta, após uma vitória - 2-1 na receção ao Arouca, à sétima jornada) -, seis empates e cinco derrotas.

Dias antes, o Boavista promoveu o regresso de Petit à sua casa de partida enquanto jogador e treinador, na sequência da rescisão com João Pedro Sousa, que, então, assumiu ter recebido uma "proposta irrecusável de um clube estrangeiro".

Com dois triunfos, cinco empates e cinco derrotas no campeonato, o técnico, de 50 anos, deixou o Boavista em 11.º na I Liga, com 11 pontos, dois acima do lugar de 'play-off' e três sobre a zona de despromoção direta, estando há nove rondas consecutivas sem vencer.

A saída de João Pedro Sousa foi idêntica à de Daniel Ramos, que, à oitava jornada, solicitou a sua libertação do Santa Clara, que era 15.º colocado, com seis pontos, para assumir o comando dos sauditas do Al Faisaly, sendo substituído por Nuno Campos.

Em 2021/21, a 'dança' dos treinadores começou invulgarmente apenas nessa ronda, algo que não acontecia há quase 20 anos, englobando ainda a saída de Petit do Belenenses SAD, que treinava desde janeiro de 2020, no 17.º e penúltimo posto, com quatro pontos.

O atual técnico do Boavista foi rendido por Filipe Cândido, recrutado à União de Leiria, da Liga 3, que se estreou na I Liga.

À 11.ª jornada, foi a vez do espanhol Júlio Velázquez, entretanto substituído por Vasco Seabra, não resistir a tantos desafios sem vencer pelo Marítimo, deixando-o em 17.º e penúltimo, com sete pontos, depois de seis derrotas, quatro empates e uma vitória.