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É tempo do Natal!

este é também tempo de apelo à responsabilidade e prudência, para que consigamos ultrapassar limitações

O Livro de Eclesiastes, escrito pelo Rei Salomão, é um dos livros da Bíblia que mais influenciou o mundo ocidental, inclusivamente, a própria literatura, por ser considerado nobre, sábio, e por expressar, de uma forma eloquente, mas simples, o sentido da vida.

É um livro que foi citado pelos maiores doutores da igreja, em particular Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, sendo, também, referência particular para o Papa João Paulo II e para o Papa Francisco.

Dele nunca esqueço a ideia de que «tudo neste mundo tem o seu tempo», que «cada coisa tem a sua ocasião», havendo, pois, um «tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar; tempo de derrubar e tempo de construir», mas, igualmente, um «tempo de ficar triste e tempo de se alegrar; tempo de chorar e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las; tempo de abraçar e tempo de afastar», sem esquecer que há o «tempo de procurar e tempo de perder; tempo de economizar e tempo de desperdiçar; tempo de rasgar e tempo de remendar; tempo de ficar calado e tempo de falar» e, ainda, o «tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz» e que este é o tempo do Natal, sendo, por isso mesmo, o melhor dos tempos, o de celebrar a vida, valorizar afetos e consolidar valores, o tempo da família, das amizades e de fé, em que sejamos todos capazes de unir esforços, ultrapassar diferenças e renovar esperanças.

Neste tempo e dia de Natal, primeiro que tudo, expresso, para os funchalenses, mas, naturalmente, para todos os madeirenses e porto-santenses, os meus sinceros votos de Feliz Natal e que em todas as casas este seja mesmo um dia muito especial, em paz, alegria e harmonia.

Para 2022, quero igualmente expressar os meus sinceros votos de um novo ano com muita saúde, repleto de afetos que transportem dignidade, solidariedade, ajuda ao próximo, bem-estar e qualidade de vida, a que acrescentaria a capacidade de realizar, para que, coletivamente, enquanto comunidade, sejamos capazes de superar os exigentes desafios que nos são colocados, sempre focados numa sociedade mais inclusiva, capaz de esbater desigualdades sociais e combater toda e qualquer forma de racismo, de xenofobia, de homofobia e de violência.

Não posso, contudo, de deixar de realçar que este é também tempo de apelo à responsabilidade e prudência, para que consigamos ultrapassar as limitações impostas por esta pandemia, manter a economia a funcionar, aliviar a pressão sobre o sistema regional de saúde e os seus profissionais, devolvendo, assim, esperança e normalidade à vida de todos cidadãos.

A todos, Festas Felizes!