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Sete militares da GNR são acusados de 33 crimes como abuso de poder e sequestro

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Sete militares da GNR envolvidos num processo de sequestro e agressão de imigrantes no concelho de Odemira são acusados de um total de 33 crimes, como abuso de poder, sequestro e ofensa à integridade física qualificada.

Segundo a acusação do Ministério Público, à qual a agência Lusa teve acesso hoje, o militar com mais acusações, Rúben Candeias, de 25 anos, é acusado de 11 crimes, sendo seis de ofensa à integridade física qualificada, quatro de abuso de poder e um de sequestro.

Os militares Nelson Lima, de 29 anos, Diogo Ribeiro, de 28, Nuno Andrade, de 32, são acusados de cinco crimes cada um, nomeadamente um de abuso de poder e quatro de ofensa à integridade física qualificada.

O militar João Miguel Lopes, de 30 anos, é acusado de três crimes, um de abuso de poder, um de ofensa à integridade física qualificada e um de sequestro.

Já os militares Carlos Figueiredo, de 31 anos, e Paulo Cunha, de 26, são acusados de dois crimes cada um, nomeadamente um de abuso de poder e um de ofensa à integridade física qualificada.

A maioria dos 33 crimes de que os militares são acusados, ou seja, 28, terão sido cometidos em coautoria material, tendo os restantes cinco sido alegadamente praticados em autoria material.

Na quinta-feira à noite, uma investigação CNN/TVI deu conta da acusação de sete elementos da GNR de um total de 33 crimes, por alegadamente humilharem e torturarem imigrantes em Odemira.

De acordo com a investigação da CNN/TVI, a Polícia Judiciária já havia recolhido os telemóveis a cinco militares do posto da GNR de Vila Nova de Milfontes, suspeitos de maus-tratos a imigrantes.

Em sete vídeos analisados é possível detetar cenas de violência, insultos racistas, tortura física e humilhação contra vários imigrantes de origem asiática.