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OMS alerta para propagação muito rápida da Ómicron, a um ritmo sem precedentes

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje para a propagação muito rápida, a um ritmo sem precedentes, da variante Ómicron do coronavírus que causa a covid-19.

O alerta foi deixado na videoconferência de imprensa regular sobre a pandemia da covid-19, transmitida da sede da organização, em Genebra, na Suíça.

Segundo a OMS, a vacinação, por si só, não vai evitar a propagação da nova estirpe, pelo que há que manter as medidas sanitárias e sociais, como o uso de máscaras, o distanciamento físico, a higienização das mãos e a ventilação dos espaços fechados.

Atualmente, 77 países confirmaram a circulação da nova estirpe.

"A Ómicron está a propagar-se a um ritmo nunca antes visto com outra variante", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, assinalando que, na verdade, a nova estirpe "já se encontra provavelmente na maior parte dos países, mesmo que não tenha sido ainda detetada".

Tedros Adhanom Ghebreyesus advertiu para o risco do aumento dos contágios fazer colapsar novamente os serviços de saúde menos capacitados e para o exacerbar das desigualdades da vacinação e do "nacionalismo das vacinas" com as doses de reforço.

"Não temos provas da eficácia das doses de reforço contra esta variante", afirmou, apontando que "a prioridade é vacinar os não vacinados, proteger os menos protegidos" para poder "salvar vidas" em todo o mundo.

"Temos de atuar agora", enfatizou, por sua vez, o diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Mike Ryan, reforçando que, apesar de causar sintomas ligeiros, a Ómicron é uma "variante muito contagiosa, de propagação muito rápida".

A covid-19 provocou pelo menos 5.311.914 mortes em todo o mundo, entre mais de 269 milhões infeções, segundo o mais recente balanço da agência noticiosa AFP.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.687 pessoas e foram contabilizados 1.200.193 casos de infeção, de acordo com dados atualizados da Direção-Geral da Saúde.

A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A Ómicron foi classificada pela OMS como uma variante de preocupação.

Portugal regista 69 casos da nova variante, com os mais recentes dados a revelarem uma "tendência fortemente indicadora da existência de circulação comunitária", avançou hoje o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.