A atitude abjeta do Novo Banco

Acabei de ler uma notícia que saiu no jornal “Público” sobre uma cliente do Novo Banco, aqui da ilha da Madeira, que foi vítima de burla dentro do próprio site do Banco ao pagar uma conta. A burla ronda os 70 mil Euros. Sim, 70 mil Euros!

Isto aconteceu há mais de 1 mês e a dita cliente ainda não teve um telefonema do banco para dar qualquer tipo de satisfação. Na verdade, segundo o que consta, o banco desde o início está a tentar se desresponsabilizar da situação (típico).

Tenho três questões apenas para o Novo Banco e, já agora para o Banco de Portugal:

1 - Que banco é este que NADA faz depois de ver que foram feitos 14 levantamentos ilícitos em movimentos sucessivos e idênticos da conta da lesada para outras contas ?

2 - Que Banco é este que, ao saber que uma sua cliente foi burlada e que o dinheiro ainda por cima foi para outras 2 contas DENTRO DO PRÓPRIO BANCO, não congela de imediato essas contas?

3 – Que banco é este que tem a identificação dos burlões no seu sistema e não aciona todos os mecanismos para rastrear o dinheiro roubado e obviamente levar essas pessoas à justiça?

Deixem-me adivinhar, quase que aposto que alegaram que existem procedimentos que têm de ser seguidos. Isto é inadmissível!

Ora, com todos esses procedimentos, o tempo perdido e a falta de colaboração do Novo Banco, obviamente que os ladrões tiveram todo o tempo do mundo para retirar o dinheiro do seu saque. Por outras palavras, o Banco ao invés de ajudar a cliente lesada, fica do lado dos burlões, não assume culpas e pela atitude do banco, tudo está a fazer para que o assunto caia no esquecimento. Estamos a falar duma cliente do Banco há mais de 30 anos.

Não sei o que a lesada irá fazer, mas se fosse comigo eu iria até as últimas consequências, seja qual for o custo.

A culpa não é com certeza duma cliente que acede ao site do banco para pagar uma simples conta e é burlada; a culpa é sim do banco que não tem um sistema de segurança suficientemente eficaz para evitar este tipo de burlas, que deixa passar o tempo e que nada faz.

Tem pois que de ser responsabilizado por isso.

João Rodrigues