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Governo britânico vai promover emprego com apoio de 584 milhões de euros

FOTO STANSALL/POOL/AFP
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O ministro das Finanças britânico vai apresentar hoje um apoio de mais de 584 milhões de euros para promover o emprego, após o fim do mecanismo de desemprego parcial em vigor durante a pandemia, informou o Partido Conservador.

Reunido em congresso, em Manchester (noroeste de Inglaterra), o partido no poder no Reino Unido indicou que a medida visa apoiar "as centenas de milhares" de trabalhadores que já não podem recorrer ao desemprego parcial, os desempregados com mais de 50 anos, os jovens trabalhadores e as pessoas com baixos salários.

Nos 18 meses de duração da crise pandémica, o dispositivo de desemprego parcial, com um custo de 70 mil milhões de libras (81,8 mil milhões de euros), permitiu estimular perto de doze milhões de empregos nos setores em risco de encerramento ou diminuição de atividade devido à covid-19. "A primeira fase do nosso programa de apoio ao emprego funcionou", frisa o ministro das Finanças, Rishi Sunak, num comunicado divulgado antes do discurso que deverá fazer hoje no congresso dos conservadores.

O fim desse mecanismo, no final de setembro, levou certos economistas a alertarem para um aumento do desemprego, numa altura em que os rendimentos mínimos estão revistos em baixa e o preço do gás dispara. A economia britânica reiniciou mais depressa do que o previsto no segundo trimestre do ano, graças às despesas de consumo dos cidadãos na reabertura do comércio. Porém, outros indicadores assinalam um possível abrandamento na sequência das perturbações nas cadeias de aprovisionamento causadas pela pandemia e pelo Brexit (saída da União Europeia).

Na quinta-feira, o Governo britânico já havia anunciado um fundo de 500 milhões de libras (584 milhões de euros) para as famílias vulneráveis.