Novo tipo de Robin dos Bosques

Desde miúdos a graúdos, quase todos já ouviram falar de Robin dos Bosques.

Embora quanto à sua existência e, sobretudo, aquilo que ele fez, existam muitas dúvidas e vários historiadores tenham as suas diferentes opiniões, o que está interiorizado em cada um de nós é que era um “fora de lei “, sim senhor, mas com sentimentos altruístas, pois dedicava-se a roubar aos ricos para dar aos pobres

E é nesse pensamento que vamos desenvolver este escrito, pois vivemos num País onde parece ter-se criado um” Robin dos Bosques” diferente, quer no nome, quer na ação.

Uns chamam-no “Governo”, outros referem-no “ Estado “, tendo como ajudantes - Robin dos Bosques também os tinha – “Autarquias, Finanças e outros nomes bem conhecidos, mas com a função de “não tirar aos ricos para dar aos pobres”, mas tirar à “classe-média” para dar a alguns pobres, admitimos, mas também dar a grupelhos de vadios, gente já viciada nessas dádivas e que lhes podemos falar em tudo menos em trabalho.

Para além de outros beneficiários que surgem em nome individual ou em representação de grupos e Instituições, como promotores disto e daquilo, e, salvo exceções, para além dos seus benefícios próprios, não vimos resultados benéficos para a sociedade.

De há muitos anos a esta parte, cada vez menos se faz, sem a colaboração financeira do tal novo “ Robin dos Bosques”, chamado “Governo ou Estado “ ou dos seus ajudantes já referidos.

Dinheiro que, repetimos, não é tirado dos ricos, mas àqueles que precisam. Muitas vezes daqueles que precisam mais do que muitos dos que recebem.

E falamos de milhões de euros que este novo e diferente “Robin dos Bosques” e seus ajudantes, distribuem anualmente, com controlo ou sem ele, só Deus lá sabe.

Admitimos que alguns são bem entregues, mas muitos outros deveriam ser revistos.

A solidariedade do governo e das autarquias para com os mais necessitados é uma ação louvável e, diríamos, obrigatória, mas tratando-se de um País onde a pobreza é latente, sabemos da sua dimensão, os apoios terão de ser muito bem avaliados.

Ao manter impostos altos para depois esbanjar o dinheiro ou dá-lo sem um critério apertado, estamos a contribuir para que cada vez haja mais pobres no país.

Não é segredo para ninguém que imensas famílias – especialmente da chamada classe-média – que viviam razoavelmente bem há meia dúzia de anos atrás, hoje deparam-se com sérios problemas para manterem o seu dia-a-dia com dignidade.

Isto não é justo, nem democrático e muito menos socialista, mas é o pão nosso de Tirar dinheiro dos que já têm pouco, para sustentar mordomias, “tachos” dispensáveis, reformas milionárias, subvenções (estupidamente) vitalícias e proceder a gastos descontroláveis, num País de salário mínimo dos mais baixos da Europa e com pensões (ainda) de 200 a 300 euros, é próprio de um Pais à deriva, com governações descredibilizadas.

Retirando aqueles que, direta ou indiretamente beneficiam dos votos, deem Graças a Deus ao número de cidadãos que, desinteressadamente, ainda se deslocam às urnas para votar.

Se bem que, muitos que desta vez lá foram, muniram-se de “vassouras” e procederam às limpezas que achavam necessárias!

Bem hajam. Procedam sempre assim no futuro, sem olharem a nomes ou siglas partidárias.

Tanto o País, como todos nós, portugueses, só beneficiamos com isso!

Juvenal Pereira