Madeira

Aumentou saldo dos empréstimos concedidos às empresas não financeiras

Segundo os dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, o rácio de crédito vencido recuou

Foto Shutterstock
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Segundo os dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, no final do 2.º trimestre de 2020, o saldo do volume de empréstimos concedidos a sociedades não financeiras (SNF) era de 1,9 mil milhões de euros, mais 250,6 milhões de euros que no final de Junho de 2019 e mais 297,5 milhões que em Março de 2020.

"Depois de ter atingido um mínimo da série disponível em Dezembro de 2019, esta variável tem apresentado uma tendência crescente - com maior enfoque nos últimos três meses - o que poderá estar relacionado com a contracção de empréstimos por parte das SNF de forma a compensarem as perdas decorrentes da pandemia covid-19 e assim disporem de mais liquidez", explica. 

De acordo com esses mesmos dados, "o rácio de crédito vencido deste tipo de sociedades diminuiu 0,9 pontos percentuais (p.p.) face ao trimestre anterior, fixando-se nos 5,7% no final do período de referência, sendo que comparativamente ao trimestre homólogo, houve uma redução de 6,5 p.p.".

"Note-se ainda que este rácio é o mais baixo desde Junho de 2011. A nível nacional, o rácio de crédito vencido também decresceu 0,3 p.p. face ao trimestre anterior e 3,1 p.p. em termos homólogos, não ultrapassando os 4,1% no final do 2.º trimestre de 2020. O montante de crédito malparado no âmbito das sociedades não financeiras com sede na Região situava-se, no período em referência, nos 105,9 milhões de euros (+1,5 milhões de euros que em Março passado e +92,5 milhões de euros face a Junho do ano anterior)", refere.

"A percentagem de devedores do sector das SNF com empréstimos vencidos no final de Março de 2020 era de 19,9%, sendo que este indicador está a convergir para  média nacional (19,2%). Com efeito em Junho de 2019, o diferencial entre a Região e o país era de 2,4 p.p., enquanto em Junho deste ano fixava-se em apenas 0,7 p.p.", acrescenta.

Além disso, revela que "no sector das famílias e das Instituições sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias (ISFLSF) assistiu-se a uma redução de 200,9 milhões de euros em termos homólogos no saldo dos empréstimos concedidos, cifrando-se o saldo dos empréstimos a este sector institucional, em Junho de 2020, nos 3,2 mil milhões de euros".

"Quando comparado o saldo do final do 2.º trimestre de 2020 com o do trimestre precedente observa-se igualmente uma descida (cerca de 66,4 milhões de euros a menos). 65,9% daquele saldo era referente ao segmento da “habitação” e os 34,1% restantes ao “consumo e outros fins”, sustenta.

Relativamente aos empréstimos vencidos no segmento da habitação, adianta que "os mesmos não ultrapassavam os 17,3 milhões de euros, representando um rácio de empréstimos vencidos de 0,8%, um mínimo histórico face à serie disponível, que se inicia em Março de 2009".

"Esta percentagem está ligeiramente acima do valor nacional (0,7%), existindo também neste caso também uma tendência para a convergência entre a Região e o país. Entre Junho de 2019 e Junho de 2020, o rácio de empréstimos vencidos de 'habitação' reduziu-se em 0,8 pontos percentuais na Região", acrescenta.

"O número de devedores do sector institucional famílias e ISFLSF decresceu face ao trimestre anterior para os 100,5 mil, sendo que estavam contabilizados, no 2.º trimestre de 2020, cerca de 43,5 mil devedores com crédito à “habitação” e 83,8 mil com crédito para 'consumo e outros fins'", concluiu.

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