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“Pessoas que poderiam ter vivido vão morrer” nos EUA, alerta Bill de Blasio

Foto EPA/Alba Vigaray
Foto EPA/Alba Vigaray

O presidente da câmara de Nova Iorque, Bill de Blasio, criticou hoje a gestão da pandemia da covid-19 pela administração do Presidente republicano, Donald Trump, alertando que vão morrer “pessoas que poderiam ter vivido”.

“A verdade, que todos os nova-iorquinos e todos os americanos merecem ouvir, é que isto vai piorar. Na realidade, abril e maio serão muito piores”, acrescentou Bill de Blasio, em declarações à cadeia NBC.

A capital económica norte-americana tem o maior número de casos confirmados de covid-19 no país e os hospitais estão em risco de ficar sem capacidade de resposta.

“Estamos francamente a 10 dias de uma escassez generalizada de ventiladores, máscaras cirúrgicas, coisas necessárias para um hospital continuar a funcionar”, previu, em declarações à CNN.

O político democrata lamentou que o Presidente “não mexa um dedo para ajudar a sua cidade natal”.

“Não posso ser mais claro: se o Presidente não agir, pessoas que poderiam ter vivido vão morrer”, insistiu.

O Estado de Nova Iorque precisa de cerca de 30.000 ventiladores, sendo que cada um pode custar mais de 40.000 dólares (37.378, à taxa de câmbio atual), indicou hoje o Governador Andrew Cuomo, que lamentou que vários Estados norte-americanos estejam a lutar pelos aparelhos

“É apenas uma situação impossível de gerir”, disse Cuomo.

Mais de 100 pessoas morreram devido ao novo coronavírus nos Estados Unidos nas últimas 24 horas, elevando para 389 o número de óbitos, contra 278 à mesma hora de sábado, de acordo com a universidade Johns Hopkins.

Os Estados de Nova Iorque (114 mortos), de Washington (94) e da Califórnia (28) são o centro da epidemia de covid-19, que já infetou cerca de 30.000 pessoas nos Estados Unidos.

O novo coronavírus causou pelo menos 14.396 mortes em todo o mundo, depois de ter sido identificado pela primeira vez em dezembro, de acordo com um balanço de hoje da agência noticiosa France-Presse.

Segundo os dados da AFP, libertados pelas 20:00 (hora de Lisboa), desde o início da pandemia da covid-19, foram detetados mais de 324.290 casos de infeção em 171 países e territórios.

Estes dados refletem uma fração do número real de contaminações, já que muitos países só estão a testar os casos que necessitam de internamento hospitalar.

Relativamente ao balanço da véspera, foram identificadas 1.671 novas mortes e 32.869 novos casos em todo o mundo.

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