Lixo de escola do Porto depositado ilegalmente em mata de Vila de Conde
Uma “quantidade substancial de lixo” oriunda da escola Alexandre Herculano, do Porto, foi hoje depositada, ilegalmente, numa mata de Mosteiró, em Vila do Conde, confirmou o presidente da Junta de Freguesia local.
À Lusa o Ministério da Educação (ME) explicou que se “tratou de uma inconformidade quanto às regras de destruição de documentos e/ou material obsoleto, relativa a uma carga, por parte da empresa responsável pelo transporte e armazenamento do material existente na Escola Secundária Alexandre Herculano, durante o período em que há obras em curso”.
Na resposta, o ME fez saber ainda que a empresa “já se responsabilizou pelo sucedido, tendo sido dada ordem expressa para que o material em causa seja retirado daquele local, de imediato”.
Acrescenta o documento do Governo terem sido acionados “todos os mecanismos disponíveis para o apuramento de responsabilidades”.
Segundo o presidente da junta de Mosteiró, Amândio Couteiro, os resíduos contemplam “móveis, material informático, plásticos, madeiras e vários documentos com informações dos alunos e da escola”, considerando uma “atitude inaceitável e, sobretudo, ilegal”.
“É uma quantidade substancial de lixo que, pelo que se percebe, terá vindo de uma obra que estará a acontecer nessa escola. Além de ser grave por conter informações que deviam ser sigilosas, é, acima de tudo, um crime ambiental que não podemos tolerar na nossa freguesia”, disse o autarca.
Perante o sucedido, o presidente da Junta de Mosteiró disse ter informado, imediatamente, a Câmara Municipal de Vila do Conde sobre o sucedido, e feito, também, uma denúncia ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA).
“Tem de haver mão pesada para os responsáveis desta situação, até para servir de alerta que a nossas matas não são um depósito de lixo. O facto de estes resíduos virem de um organismo público torna a situação ainda mais grave”, completou.
Amândio Couteiro espera que na segunda-feira a Câmara Municipal de Vila do Conde recolha os resíduos, considerando que será “uma vergonha para a escola ter documentos com várias informações espalhados pela mata durante todo o fim de semana”.
Fonte da autarquia vila-condense confirmou à Agência Lusa que teve conhecimento da situação e que, inclusive, entrou em contacto com a escola Alexandre Herculano para pedir justificações e responsabilizações pelo sucedido, garantindo que será articulado com a Junta de Freguesia a forma como o local será limpo.