Sugestão de leigo

Segundo autoridades da CE a vacinação da população dos estados membros contra a Covid-19 não será tão rápida como se esperava devido à produção de vacinas nos tempos mais próximos não satisfazer sequer as necessidades dos grupos de risco. A única vacina que cumpriu todas as fases de desenvolvimento obrigatórias para ser certificada e utilizada foi a da Pfizer que já está a ser aplicada no Reino Unido (RU). Não é a mais barata e obriga a elevados custos logísticos em transporte e armazenamento dada a baixíssima temperatura (-70ºC) de conservação. No extremo oposto teremos a vacina Oxford/AstraZeneca que custará quase 6 vezes menos que a Pfizer com a grande vantagem de uma logística muito menos onerosa no transporte e armazenamento dada a temperatura de conservação ser entre 2ºC e 8ºC necessitar apenas de um vulgar frigorífico. A vacina Oxford/AstraZeneca está na última fase de desenvolvimento e prestes a obter a certificação para ser utilizada. A eficácia de ambas para induzir imunidade e a ausência de efeitos secundários nos ensaios clínicos foi semelhante ainda que tenham sido agora reportados efeitos adversos de choque anafilático em 2 das pessoas com a vacina da Pfizer, o que levou as autoridades de saúde do RU a recomendar a sua não utilização em quem tem histórico de alergias graves. Desconheço em que pé está a negociação entre o GRM e o Governo da República (GR) para a distribuição de vacinas na RAM nem qual a quantidade, mas tenho quase a certeza que não satisfarão as nossas necessidades e irão prolongar bastante a necessidade de manter as medidas sanitárias com tudo o que isso terá de altamente prejudicial para a retoma da nossa economia. A minha sugestão de leigo é que o GRM não fique à espera do GR e se possível tome a iniciativa imediata de negociar a aquisição direta da vacina Oxford/AstraZeneca, mais vantajosa em preço e armazenamento, para conseguir vacinar o mais rapidamente possível a nossa população e obter a imunidade de grupo.

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