Justificações

A deputada Isabel Moreira (IM) sentiu obrigação de justificar o apoio a João Ferreira (JF) candidato do PCP às próximas eleições para presidente da República (PR). Ao invés do que afirmou IM “simples” seria dar o seu apoio a JF mas sem se sentir obrigada às subsequentes e subjetivas justificações como “Gosto muito do João Ferreira. Acho que é um democrata. Avesso a populismos o que traz exatamente aquilo que quero que seja marcado nesta campanha, que tanto promete nessa matéria”. Só que o PCP é um partido que à democracia costuma dizer quase nada, mas que tem dito muito ao populismo e aos totalitarismos comunistas. Talvez por isso IM sentiu que era imperioso especificar “sou socialista”, “não sou comunista”. Populismo foi o que evidenciou Jerónimo Sousa ao inventar uma pretensa colagem entre o PR e o PSD para ressuscitar o Bloco Central, como se o mesmo tivesse sido congeminado por um bando de perigosos “fascistas” e não por democratas como Mário Soares. A única colagem que existiu foi entre o PR e o governo do PS apoiado pelo PCP. IM recorreu também à vitimização da classe política por esta ser responsabilizada pelo atual nível de corrupção no País, ignorando que tem sido através de lóbis no Parlamento e no Governo que se têm feito as grandes negociatas à conta dos fundos da UE e do erário público, sugados na sua maioria por certas empresas à conta de PPP’s, descarbonização, digitalização e economia circular, chavões que o atual governo do PS muito preza. IM ao mesmo tempo que derrama lágrimas de crocodilo por o PS não apresentar candidato/a ignora a candidatura de uma democrata e militante prestigiada do seu partido, em detrimento de uma candidatura que não passa de uma sondagem aos militantes com vista à eleição do próximo secretário geral do PCP. Conclui IM: “Em nome de uma democracia não populista” e “do Estado de direito”. Como na ex-URSS e países sob o seu jugo, R.P. China ou Camboja de Pol Pot? É esta a “democracia” que IM quer para Portugal?

Leitor identificado

Fechar Menu