Madeira

Albuquerque desmonta “ficção” de Costa e diz que “nenhum problema está resolvido”

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O primeiro-ministro afirmou, no debate do Estado da Nação, na Assembleia da República, que o conflito “criado pelo governo regional” era “artificial” e que problemas como os juros da dívida já estariam resolvidos e que o subsídio de mobilidade só não era alterado porque a Madeira não aceitou uma proposta de Lisboa. O presidente do governo regional reagiu a estas afirmações à entrada para a sessão de encerramento das jornadas parlamentares do PSD-M.

“Esse é o tal país das maravilhas em que o senhor primeiro-ministro vive e que diz que vivemos, mas não corresponde à realidade, é pura ficção. A verdade é que nenhum dos problemas da Madeira está resolvido”, garante Miguel Albuquerque.

Em relação aos juros da dívida, o Estado continuou a exigir o pagamento e “nunca houve alteração da taxa agiota de 3,375% e isso significa que estamos a pagar 12 milhões de euros e o Estado está a ganhar com a Madeira e os madeirenses”.

Só por uma questão de “teimosia do primeiro-ministro” é que estas situação não se altera.

Miguel Albuquerque também não compreendo como é que António Costa diz que o subsídio de mobilidade estaria resolvido.

“A única coisa que ficou resolvida foi o governo regional que resolveu a questão dos estudantes. Hoje, graças à intervenção do governo regional, os estudantes não têm de fazer os adiantamentos astronómicos que a generalidade dos madeirenses continua a fazer. Se está resolvido é na casa do primeiro-ministro porque na Madeira não está. Só agora é que o PS deu um mortal para trás e veio aprovar uma resolução que não garante que o problema está resolvido”, afirma.

O presidente do governo regional percebe que Costa não tenha conhecimento dos preços “pornográficos” da TAP porque não viaja para a Madeira.

“Em relação aos sub-sistemas de saúde o Estado já deve à Madeira 17 milhões de euros”, adianta.

Miguel Albuquerque foi além das afirmações do primeiro-ministro e recordou que “a Madeira é que tem de pagar 600 mil euros pelo helicóptero de combate aos fogos, como acontece com o ferry que faz as viagens graças às verbas do governo regional porque o Estado não assume qualquer responsabilidade”.

Questionado sobre o nível de diálogo entre os dois governos, diz que “quando há má vontade e quando não existe capacidade nem vocação para resolver os assuntos, da parte do governo das esquerdas do primeiro-ministro, podemos falar todos os dias e a todas as horas que não se chega a lado nenhum”.