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Guterres defende multilateralismo para vencer grandes desafios mundiais

Foto Reuters
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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defendeu hoje, na reunião da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, a importância do multilateralismo como chave para vencer “desafios dramáticos” que o mundo enfrenta, como as alterações climáticas.

Esta reunião da OIT acontece anualmente em Genebra e junta membros de vários governos de todo o mundo, deputados, representantes sindicais e do patronato, sendo que este ano teve como tema “O Futuro do Trabalho” e coincidiu com o 100º aniversário desta instituição.

O Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, abriu a sessão deixando transparecer a sua forte preocupação com as transformações ambientais.

“As alterações climáticas são uma situação que terá o seu impacto no mundo do trabalho. A riqueza não foi distribuída de forma igualitária no mundo, e a mesma coisa acontece com o nosso planeta. A situação é cada vez mais complexa e assistimos a um vento de desilusão”, afirmou António Guterres.

O Secretário-geral das Nações Unidas destacou a importância da Organização Internacional do Trabalho como estrutura tripartida (juntando governos, trabalhadores e empregados), para combater os desafios a que o mundo está sujeito.

“O nosso mundo está em plena metamorfose. Temos medo das mudanças, é humano. Teremos de assumir que o mundo evoluí e que essas mudanças trazem consigo novos desafios profissionais e novas profissões. Teremos, igualmente, de nos afastar das formas clássicas do sistema de trabalho. O trabalho da OIT é imprescindível nesse sentido”, sublinhou.

“A OIT cumpriu muitas coisas no mundo do trabalho. Hoje, mais do que nunca, necessitamos de justiça no trabalho, assim como um programa mais humano, assegurando a igualdade de géneros. É precisamente por esse fator que a realidade centenária é tão decisiva”, reforçou.

Nas referências aos desafios de hoje, Guterres afirmou ainda que “a declaração do centenário propõe uma mudança radical, com uma atenção particular às pessoas que se encontram em posições de fragilidade”, para sustentar que “hoje, mais do que nunca, é necessária justiça no trabalho”.

António Guterres, encerrou o seu discurso agradecendo à Organização Internacional do Trabalho pelos objetivos ambiciosos a que se propôs e pelas ações que figuram no seu ADN - garantir um futuro decente para as gerações futuras.