Madeira

CDS acusa PSD de ignorar “um dos pilares fundamentais” do novo Estatuto do Cuidador Informal

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O CDS acusa o PSD de ignorar “um dos pilares fundamentais” do novo Estatuto do Cuidador Informal que era a atribuição de “apoio financeiro” a quem cuida. Mário Pereira foi a voz da “indignação” esta quarta-feira, junto ao Centro de Saúde de Santo António, um dia depois de o PSD ter chumbado em sede da 5.ª Comissão Permanente de Saúde e Assuntos Sociais, uma proposta de alteração do CDS para incluir no Estatuto um apoio de 435,76 euros, valor igual ao Indexante dos Apoios Sociais (IAS) que o partido liderado por Rui Barreto considera “da maior justiça porque as famílias estão a substituir-se aos deveres da Região e do Estado”.

O deputado centrista recorda que o próprio Governo Regional reconhece que a Região tem cerca de 600 pessoas em situação de alta problemática e uma lista com 1.000 pessoas à espera de vagas em lares, pelo que ante um cenário destes, sem soluções do sector público capazes de responder ao expressivo número de famílias madeirenses que tratam dos seus familiares em casa com algum grau de incapacidade ou deficiência, o Estatuto do Cuidador Informal tem de “proteger as famílias” e garantir um conjunto de “apoios concretos”.

Mário Pereira, que integra a referida Comissão Permanente, diz para o CDS o apoio financeiro é “um dos pilares fundamentais” do Estatuto do Cuidador, desde que o partido trouxe este assunto para o debate público, em novembro de 2018, e o divulgou por toda a Região. “O CDS apresentou uma proposta que, para além de outros apoios, na sua essência previa um apoio financeiro ao Cuidador, de forma a dignificar não apenas as pessoas que são cuidadas mas também aquelas que dão todo o seu tempo a cuidar dos outros. Achamos que isto é uma missão social que precisa de ser apoiada pelo Governo Regional. Foi com algum desalento que verificamos ontem (terça-feira) que o PSD rejeitou incluir nesta legislação o apoio financeiro aos cuidadores. Dir-se-á que a legislação a ser aprovada pelo PSD poderá não passar de um simples crachá e meia dúzia de lugares comuns sem que apoie verdadeiramente o Cuidador Informal”, sublinhou o parlamentar.