Madeira

Miguel Iglesias diz decisão do PSD e CDS é “absolutamente demagógica e populista”

O vice-presidente do PS-Madeira reage à crise política no governo de António Costa

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Miguel Iglesias, vice-presidente do PS-Madeira, em trânsito para Saint Helier onde participa na Festa da Primavera, em Jersey, reage à crise política no governo de António Costa.

“Obviamente que esta não é uma situação agradável para todas as forças políticas, mas particularmente para todos os portugueses num ano em que temos três actos eleitorais, sabendo que no Orçamento de Estado não foi cabimentada verba porque não seria possível repor o tempo integral de todas as carreiras da Função Pública”, começou por dizer Miguel Iglesias, sublinhando que “esta deliberação que houve na Assembleia da República, com o apoio do PSD e do CDS é absolutamente demagógica e populista”.

O dirigente socialista ressalva que “não está aqui em causa a justeza da causa dos professores”. “Na Região Autónoma dos Açores e na Região Autónoma da Madeira havendo espaço financeiro assim se fez (e muito bem), agora há aqui uma realidade que é preciso enfrentar: o país ainda não recuperou totalmente do período da crise da Troika e, portanto, as questões das carreiras e dos salários da Administração Pública têm de ser tratados de forma responsável e com muito rigor”, enfatiza.

E, em jeito de crítica à oposição, atira: “O PSD e o CDS tomam esta atitude a 4 meses das eleições, acho que está tudo dito”.

Quanto a possíveis repercussões na política regional, nomeadamente para o PS-Madeira, Iglesias garante que a situação “não afecta nada”, uma vez que a questão dos professores, assim como a dos enfermeiros, está “resolvida” a nível regional.

Recorde-se que o primeiro-ministro anunciou, esta sexta-feira (3 de Maio), que o Governo se demite caso a contabilização total do tempo de serviço dos professores seja aprovada em votação final global, na sequência de uma votação na especialidade nesse sentido na quinta-feira.

A concretizar-se o pedido de demissão do Governo, o Presidente da República pode decidir dar imediatamente início ao processo de dissolução do parlamento, que implica a realização de legislativas antecipadas.