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Irão e Síria demonstram apoio ao regime de Maduro

FOTO Reuters
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Irão e Síria manifestaram hoje apoio ao Governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e condenaram o que chamaram de “golpe de Estado falhado” de terça-feira.

O Irão confirma todo o seu apoio ao Governo do Presidente venezuelano, Nicolas Maduro, segundo o chefe da diplomacia iraniana.

“Nós acreditamos que o Governo constitucional venezuelano deve ser mantido”, disse o ministro iraniano Javad Zarif aos jornalistas durante uma reunião sobre cooperação asiática em Doha, no Catar.

“Estamos felizes em ver que o povo venezuelano derrotou o golpe, mas continuamos a acreditar na necessidade de diálogo (interno), como sugerido pelo Governo” venezuelano, acrescentou Zarif.

“Sempre encorajámos o diálogo interno na Venezuela, disse o ministro iraniano.

Por seu lado, o Governo sírio também condenou “a tentativa de golpe de Estado falhado”, informou a agência estatal síria SANA.

Damasco “condena firmemente o golpe de Estado falhado contra a legitimidade constitucional” na Venezuela, disse uma fonte do ministério dos Negócios Estrangeiros sírio, citado pela SANA.

A fonte síria acrescentou que Washington quer “transformar a Venezuela num Estado pequeno” e que o “fracassado golpe de Estado representa um forte golpe para a Administração norte-americana e um fracasso absoluto para a sua política”.

A 4 de Abril, o Presidente sírio, Bashar al-Assad, recebeu em Damasco o ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Jorge Arreaza, e demonstrou o seu apoio ao Governo de Nicolás Maduro contra as “ingerências” estrangeiras naquele país.

O autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, desencadeou na madrugada de terça-feira um ato de força contra o regime de Nicolás Maduro, em que envolveu militares e para o qual apelou à adesão popular

O regime ripostou considerando que estava em curso uma tentativa de golpe de Estado. Não houve, durante o dia de terça-feira, progressos na situação, que continua dominada pelo regime.

Alguns utilizadores indicaram, ao longo do dia, que perderam o acesso a redes sociais (como o Twitter, o YouTube ou o Facebook), enquanto as comunicações telefónicas estiveram muitas vezes interrompidas.

Face à situação que se vive na Venezuela, o Governo português já indicou que, até ao início da noite de terça-feira em Portugal, não havia registo de problemas com a comunidade portuguesa.