Madeira

Carlos Rodrigues acusa os socialistas de “traição” aos madeirenses

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Coube a Carlos Rodrigues fazer a intervenção em representação do PSD - quando começou a falar os representantes do SPM saíram da galeria - e começou por lembrar a coragem dos militares, comandados por Salgueiro Maia, que fizeram a revolução mas que, lamenta, só durou o dia 25 de Abril de 1974 porque, no dia seguinte estava sequestrada por quem nada tinha feito e pretendia impor outra ditadura. O deputado social-democrata destacou a importância de Abril mas deixou claro que só ano e mio depois, com o 25 de Novembro, foi possível voltar a ter liberdade em Portugal.

Abril que foi criou as autonomias que no entanto ficaram presas à desconfiança e preconceito de Lisboa e dependentes de um Tribunal Constitucional, um “tribunal assumidamente político”, que tem interpretações “abusivas” e persecutórias em relação às regiões.

A esquerda portuguesa, afirma, tratou sempre mal as regiões e a actual maioria que suporta o governo da República é o expoente máximo.

“Permitimos, enquanto sociedade, ser liderados por gente pequena que pensa apenas em ser reeleita a cada quatro anos”, afirma o deputado que acusa António Costa de ter um governo que “contrata amigos e familiares”, mas também “chama selvagens aos enfermeiros, que mente aos professores, humilha os médicos, desautoriza as polícias e escarnece da população”.

Um governo socialista que, afirma, mantém uma “investida” com “total descaramento” contra a Madeira e mantém um relacionamento “bizarro e degradante” com o governo regional.

Um primeiro-ministro que “mente aos madeirenses” e dá como exemplos o financiamento do hospital, o subsídio de mobilidade, os juros da dívida ou o ferry. Tudo isso perante uma “fidelidade cega de um conjunto de madeirenses que estão por Lisboa e contra a Madeira”.

Carlos Rodrigues não compreende a “traição” dos socialistas regionais e não tem dúvidas de que os madeirenses “sabem que a Autonomia só se faz com a força da social-democracia e nunca com a espinha curvada dos socialistas”.

“Somos portugueses porque queremos ser portugueses, mas não porque nos obrigam. Nunca aceitaremos que nos tratem por portugueses de segunda”, conclui.