Madeira

Bispo do Funchal destacou condição de “pecadores e frágeis” dos padres

Foto Arquivo
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Foi com muita “comoção” que o Bispo do Funchal presidiu hoje à Missa Crismal na diocese do Funchal.

Na primeira vez que se dirige a todo o clero diocesano de uma forma especial, D. Nuno Brás sublinha a condição de “pecadores e frágeis” dos padres e aborda as “tentações”.

“Por nós, por muito sábios que porventura sejamos; por muito bons e clarividentes que nos julguemos ou que nos pensem os nossos semelhantes, nunca deixaremos de ser pecadores e frágeis, incapazes de pronunciar com verdade o ‘hoje’ de Deus”, salientou esta manhã, D. Nuno Brás, na Sé do Funchal.

Para o novo Bispo, “nos nossos dias, um Padre é solicitado por várias tarefas, muitas em si boas e que integram a sua missão, mas que não raras vezes o afastam do centro da sua existência. E é tentado por tantos outros pensamentos que o podem desviar daquilo que é, e das tarefas que o Senhor lhe confiou: são tentações do poder (político ou religioso), da importância, do estatuto social, ou tentações de se deixar diluir por entre a multidão, de ser como os demais e, quando muito, exercer o seu serviço em horários determinados, qual funcionário de uma instituição religiosa”, referiu D. Nuno Brás na Eucaristia de consagração dos santos óleos, um momento para “tomarmos consciência do presbitério que somos, da missão que Jesus nos confia, a cada um e a todos, sinais visíveis da Sua graça, sacramentos vivos e para sempre da Sua presença no meio da história”, salientou.

O Bispo frisou que foi Deus quem “nos escolheu por motivos que apenas Ele conhece”, razão pela qual “só nos pode tornar humildes e conscientes das nossas fragilidades, para que, em nós, no nosso ministério, no nosso pensar, agir e falar, no nosso ser apareça de um modo mais evidente e claro, a pessoa de Jesus”.