Madeira

Aliança anunciou oficialmente Luís Guerreiro Lopes como candidato às Eleições Europeias

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O coordenador da Madeira do Partido Aliança anunciou nesta terça-feira de forma oficial que Luís Guerreiro Lopes, professor da Universidade da Madeira (UMa) será o primeiro candidato às eleições para o Parlamento Europeu, a realizar a 26 de Maio próximo”.

Joaquim José Sousa disse que o partido escolheu a Assembleia Legislativa Regional para apresentar os candidatos, “porque entendemos que estes devem comparecer perante o parlamento regional e com os deputados debaterem os assuntos estruturantes para o nosso futuro colectivo”.

O dirigente afirmou-se muito preocupado com a liberdade na Madeira, “uma vez que as últimas notícias evidenciam perseguições políticas e receio de exprimir opinião”, adiantando que “a consolidação da Liberdade e da Democracia são porventura o maior legado da nossa integração na CEE/UE”.

O candidato Luís Guerreiro Lopes afirmou, por seu lado, que “o partido entende que nunca como hoje foi tão importante debater a Europa. o debate sobre a construção europeia é um imperativo inadiável para os europeus em geral, para os portugueses do continente e em especial das ilhas”.

Afirmou ainda que, actualmente, um dos traços distintivos da UE são a sua mutação geográfica e a metamorfose institucional interna. Ou seja, aos sucessivos alargamentos segue-se o Brexit quando o aprofundamento da União era para além de uma opção uma necessidade. Sendo assim, interessa à Madeira e a Portugal estar presente em todos os novos desenvolvimentos de natureza institucional, porque só assim se atenuam as desvantagens inerentes à ocupação da ultraperiferia da Europa, referindo especificamente a defesa do Centro Internacional de Negócios da Madeira.

Os processos de decisão no seio da UE são cada dia mais complexos, exigindo à nossa diplomacia conhecimento e maior criatividade. À Madeira enquanto região ultraperiféricas é aplicada a legislação da UE, bem como todos os direitos e deveres associados à adesão à UE, excepto nos casos em que haja medidas ou derrogações específicas. Em conformidade com o artigo 349.º do TFUE (Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia), estas medidas específicas são concebidas para dar resposta aos desafios que as Regiões Ultraperiféricas enfrentam devido ao afastamento geográfico, insularidade, pequena dimensão, topografia e clima difíceis e dependência económica de um pequeno número de produtos.

O mandatário da candidatura, Nelson Costa Ferreira, afirmou que “para além dos constrangimentos que lhes são inerentes, as RUP possuem também potencialidades e trunfos únicos dos quais a União pode tirar partido. Representam a presença europeia em determinadas zonas estratégicas do globo e dispõem de características geográficas e geológicas excepcionais que fazem delas laboratórios privilegiados para a investigação e a inovação em sectores do futuro, como a biodiversidade e os ecossistemas terrestres e marinhos, a farmacologia, as energias renováveis entre outras”.

O mandatário jovem Hugo Olival disse que “os jovens são uma mais valia para a Madeira e que regressar não pode ser visto como um peso, a União não pode apenas ser uma construção política é importante ser uma construção social e Portugal também deve olhar para a Madeira de modo construtivo, considerando fundamental instalar na Madeira uma agência Nacional ligada ao Mar”.

Joaquim Sousa adiantou que “as regiões ultraperiféricas beneficiam dos fundos da Política de Coesão através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e do Fundo Social Europeu e demais quadros negociáveis no seio do parlamento europeu. Não podemos continuar a não aproveitar os mecanismos europeus colocados ao nosso dispor como aconteceu no quadro 14/20”.

Nesse contexto, disse ser urgente avançar com reformas da zona euro, propondo o partido: A realização de uma União Financeira para o crescimento e a estabilidade, que por exemplo institua um salário mínimo europeu, ou de um complemento europeu de convergência. Considerando que não é compaginável “que um assistente operacional em França ganhe muito mais que um professor com 20 anos de carreira em Portugal”; Terminou dizendo que “a Madeira é Portugal e Portugal concretiza-se também na Madeira”.