Madeira

António Costa destaca posições “ultraelegíveis” dos candidatos da Madeira e Açores

FOTO JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
FOTO JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

“A Madeira e os Açores podem ser regiões ultraperiferias na União Europeia, mas na lista do PS têm representantes ultraelegíveis”, afirmou o secretário-geral socialisra, António Costa, na sessão de apresentação da lista europeia do PS, que decorreu esta tarde, em Lisboa. A cobertura territorial da lista de candidatos do PS ao Parlamento Europeu e em especial o quinto lugar de André Bradford (Açores) e o sexto lugar de Sara Cerdas (Madeira), foram apresentados pelo líder socialista como uma diferença com o PSD.

Na mesma sessão o secretário-geral do PS considerou essencial o voto no PS nas eleições europeias, porque elege quem defende a solução de Governo em Portugal, quem tem “peso efetivo” em Bruxelas e não quem integra grupos “excêntricos”, num discurso em que procurou traçar diferenças entre os candidatos socialistas e os do PSD e CDS-PP, mas, também, em relação ao Bloco de Esquerda e PCP.

Depois de terem discursado os 12 primeiros candidatos da lista socialista ao Parlamento Europeu, António Costa abriu a sua intervenção com a referência ao facto de, “felizmente, o PS tem muitos bons quadros e, como tal, não precisa de apresentar os mesmos [cabeças de lista] pela terceira vez”.

“Temos também uma lista absolutamente paritária. E destaco o absolutamente. É que somos pela paridade de género por convicção e não por obrigação”, declarou, recebendo uma prolongada salva de palmas.

Num plano mais político - e numa tentativa de “voto útil” à esquerda -, o secretário-geral do PS defendeu que é importante que se elejam candidatos para grupos com peso no Parlamento Europeu, que contem efetivamente no Parlamento Europeu e que não sejam marginais ou excêntricos no Parlamento Europeu”.

“É preciso que seja um grupo que pese na decisão política no Parlamento Europeu, na escolha da Comissão Europeia e na negociação dos grandes processos legislativos. Por isso, integrar o grupo socialista, que é o primeiro ou o segundo do Parlamento Europeu, é uma condição essencial para podermos ter força”, sustentou.

A seguir, o secretário-geral do PS referiu-se especificamente às consequências nacionais em resultado das eleições de 26 de maio próximo, ponto em que atacou indiretamente o PSD e o CDS-PP.

“Há outro requisito fundamental é ter peso político dentro desse grande grupo, porque se não tivermos peso também não contamos para fazer a diferença”, afirmou, sem nunca se referir diretamente ao PSD ou ao CDS-PP

Segundo António Costa, para o país ter “uma nova agenda social e uma Europa mais amiga do emprego e do crescimento, para ter uma Europa que não combata a mudança política que iniciada há três anos em Portugal, é absolutamente essencial ter no Parlamento Europeu quem possa fazer a diferença, ou seja, os candidatos e candidatas do PS”.