Madeira

Produção de energias hídrica e eólica aumentou em 2018

Mesmo assim, a produção de energia na Madeira, incluindo a térmica que ainda representa 69%, diminuiu 0,4 por cento

Central da Ribeira da Janela já produz energia hidroeléctrica desde 1965.   Foto DR Ver Galeria
Central da Ribeira da Janela já produz energia hidroeléctrica desde 1965. Foto DR

A produção de energia eléctrica estimada a partir dos dados de emissão de energia eléctrica fornecidos pela Empresa de Electricidade da Madeira (EEM) diminuiu 0,4% em 2018, face ao ano precedente, facto que foi minimizado pelo extraordinário desempenho na produção de duas energias renováveis, a hídrica e a eólica.

“Analisando o mix de produção da energia eléctrica emitida em 2018 - cujo total rondou os 865,4 Gigawatt hora (Gwh) – observa-se que, comparativamente a 2017, assistiu-se a uma menor preponderância da fonte térmica (-4,2%) e dos resíduos sólidos urbanos (-26,6%) na produção de energia face ao período homólogo, quebras compensadas pelos aumentos verificados na energia de origem hídrica (+24,8%) e eólica (+20,8%)”, diz a Direcção Regional de Estatística em nota antecipada no calendário de divulgações periódicas.

“Assim, a fatia da energia total emitida com recurso a fonte térmica passou de 72,0% em 2017 para 69,2% em 2018, o que significa que a produção de energia de fonte renovável aumentou, traduzindo uma quota de 30,8% no período em análise, o valor mais alto da série disponível, que tem início em 2009”, frisa, facto que é sustentado ainda neste particular ‘recorde’: “De assinalar ainda que a produção de energia eólica ultrapassou pela primeira vez os 100 Gwh.”

“Destaca-se ainda a preponderância do gás natural como fonte para a produção de energia eléctrica (quota de 16,3% do total), tendo-se verificado uma diminuição de 6,4% face ao ano anterior, na produção de electricidade a partir desta fonte”, aponta, sendo que o gás natural é utilizado na Madeira essencialmente para ‘alimentar’ a Central Térmica da Vitória, na Ribeira dos Socorridos.

De referir, por fim, que “a evolução da emissão de energia eléctrica no 4.º trimestre de 2018 – no qual se verificou uma diminuição de 1,2% face ao período homólogo – contribuiu para o decréscimo observado no ano de 2018 já atrás referenciado”.