Madeira

ENM garante que não realiza a operação do ferry no próximo ano

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“Depois de dois anos de prejuízos muito grandes, a ENM Ferries não quer fazer o terceiro ano de contrato, conforme previsto no caderno de encargos. Não percebemos a surpresa”. Este é um dos pontos do esclarecimento que a ENM emitiu, hoje, reagindo às notícias recentes sobre a ligação ferry entre a Madeira e a Portimão.

A empresa do Grupo Sousa começa por recordar que o caderno de encargos do concurso prevê o transporte marítimo de passageiros, veículos e mercadorias. Desde o início da operação, garante a ENM, está disponível a tabela de preços para passageiros e carga em www.madeira-ferry.pt-

“Fizemos um esforço comercial considerável para tentar conseguir transportar mais carga, sendo que a grande maioria das aproximações não tiveram sucesso”, afirma a empresa.

O comunicado refere dados de carga e passageiros, já referidos anteriormente e a capacidade dos navios fretados à Naviera Armas. Estes navios têm capacidade para cerca de 90 contentores o que com os navios porta-contentores com capacidade para 1.000. “Para transportar toda a carga para a Madeira seriam precisos 12 ferries por semana”, garante a ENM.

No esclarecimento (que reproduzimos) também são recordados os preços do frete marítimo no porta-contentores. Do continente para a Madeira, o um contentor de 20 pés custa 950 euros e um contentor de 40 pés tem um preço de 1.550 euros. Da Madeira para o continente, o contentor de 20 pés custa 394 euros e o de 40 pés fica por 600 euros.

A ENM garante que as suas contas são entregues ao Tribunal de Contas.

Sobre o subsídios ao transporte de carga e passageiros, lembra a empresa que “não podem distorcer o mercado”. O que está previsto nos termos da União Europeia são “subsídios ao passageiros e subsídios às mercadorias, independentemente do modo de transporte. Nãos e pode subsidiar o transporte de uma laranja só porque vem de ferry e não se subsidiar a laranja que escolhe o navio porta-contentores”.

“A ENM e o Grupo Sousa estão preparados para responder a todas as solicitações do mercado, seja através de navio porta-contentores, seja através de ferry ou de outro modo de transporte, desde que seja rentável e os nossos clientes e o mercado solicitem soluções diferentes de transporte. Não temos ‘Estados de Alma’ e estamos preparados para responder aos desafios que o mercado nos coloque, como sempre o fizemos”, conclui.