A saúde é uma escolha política e não investir na saúde é desinvestir na sociedade, afirmou Sara Cerdas na sua intervenção em Estrasburgo, ontem durante a sessão plenária do Parlamento Europeu, onde foi debatida a cobertura universal de saúde. A eurodeputada fez referência à situação da Madeira e o Porto Santo para falar das zonas mais distantes, penalizadas pela falta de recursos.

A nota enviada à Redacção dá conta de que a eurodeputada socialista terá afirmado que a concentração dos recursos nesta área nos grandes centros urbanos provoca uma escassez nas zonas mais distantes. “A Madeira e o Porto Santo, como ilhas de uma região ultraperiférica, são um exemplo desta realidade, onde apenas 64% dos habitantes têm médico de família atribuído, deixando 1/3 da população sem um médico responsável pela gestão da sua saúde”.

Na sua intervenção, Cerdas pediu um maior investimento, desde os determinantes socioeconómicos e ambientais aos serviços prestadores de cuidados de saúde, no sentido de apoiar os estados-membros para que garantam esse acesso universal, um compromisso deixado em Setembro em Nova Iorque, no decorrer da Assembleia Geral das Nações Unidas pelo então comissário europeu da Saúde e Segurança Ambiental, Vytenis Andriukaitis, que terá afirmado que a EU tinha como foco, entre outras coisas, alcançar o acesso universal à saúde.