Madeira

BE acusa Governo Regional de ser “submisso aos interesses privados”

Em causa está a interrupção das ligações marítimas entre a madeira e o Porto Santo durante um mês

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O BE alertou hoje para o facto de o Porto Santo ficar isolado durante um mês devido à interrupção do serviço público da ligação marítima de passageiros entre a Madeira e a ilha dourada, com ligações apenas por avião.

Uma situação que “viola o serviço público e os termos da concessão que prevê a substituição do navio”, diz Paulino Ascenção, culpando o GR de permitir estes “atropelos ao contrato de que é signatário”, numa “atitude submissa aos interesses privados”.

De acordo com o líder do BE na Madeira, este serviço público está concessionado aos privados e sempre que há uma concessão “o interesse do privado sobrepõe-se ao interesse público”, defendendo, por isso, uma ligação marítima explorada pelo Governo Regional.

Diz mesmo que o único beneficiário desta concessão é a empresa privada. “Não são os porto-santenses nem os madeirenses, é sim o concessionário que se transformou no maior empregador do Porto Santo e no maior armador português à conta desta e de outras concessões, sempre em sacrifício do bem comum e do interesse público”, acusa Paulino Ascenção, apresentando o seu partido como uma “verdadeira alternativa que quer romper com esta submissão a estes interesses privados”, uma vez que o PSD “alimentou durante anos os monopólios e os interesses privados” e o PS “não dá nenhum sinal de querer romper com esta situação”.