Madeira

Governo da República desvia-se da briga entre a Madeira e a TAP

Em Junho o Conselho de Administração da TAP reuniu na Quinta Vigia com Presidente e Vice-presidente do Governo Regional.
Em Junho o Conselho de Administração da TAP reuniu na Quinta Vigia com Presidente e Vice-presidente do Governo Regional.

A mobilidade aérea, limitada por vários factores na Região, continua a dar que falar, com o ‘Expresso’ diário de hoje a acrescentar ao folhetim a posição do Governo da República, com Pedro Marques, ministro com a tutela dos Transportes, a recusar entrar em confronto com a TAP e a sugerir a Miguel Albuquerque que espere pelas conclusões do estudo e das negociações a decorrer sobre o Aeroporto da Madeira

Garante o ‘Expresso’ que o executivo nacional não vai entrar naquilo que considera ser uma “guerra entre Miguel Albuquerque e a TAP”, sublinhando que Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, veio recordar que a revisão ou não dos limites de vento no Aeroporto da Madeira é uma questão técnica e remeteu a discussão sobre os preços cobrados pela TAP para as negociações que estão em curso.

No sábado passado, o presidente da TAP afirma, em entrevista publicada no semanário que a companhia “não negoceia com a segurança” e que está contra as alterações aos limites de vento do Aeroporto da Madeira, que já foi solicitado pelo Governo Regional à ANAC.

Antonoaldo Neves é taxativo: ”Não adianta mudar os limites, eu não vou baixar os limites dos ventos enquanto for CEO da TAP. Não vou baixar”. Os limites impostos datam dos anos 60 e têm sido considerados ultrapassados por diversas entidades regionais. Estão na origem de maior parte dos cancelamentos de voos para a Região.

Na segunda-feira, em declarações ao Expresso, Miguel Albuquerque acusou a TAP de praticar preços “absurdos” e de fazer campanha pela não revisão dos limites de vento atualmente em vigor - uma obrigatoriedade que tem estado na origem de muitos voos cancelados para a Madeira e que o Governo Regional considera anacrónica. Para o social-democrata, aliás, António Costa tem de intervir e pôr cobro ao diferendo: “Afinal, de que serve ser detentor de 50% do capital da TAP?”, interpelou Miguel Albuquerque.