Madeira

Manuel Brito defende observatório independente para avaliar o sistema regional de saúde

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“O que escrevi no programa do governo, voltaria a escrever exactamente da mesma forma”, afirmou Manuel Brito, na comissão de inquérito ao Serviço Regional de Saúde (SESARAM). O ex-secretário regional foi ouvido, esta tarde, na comissão de inquérito da Assembleia Legislativa, criada por requerimento do JPP.

Manuel Brito começou por ser questionado por Lino Abreu sobre as três linhas principais do programa que apresentou, em 2015, para a Saúde: aposta nas unidades de saúde familiar, definição de limites de espera nos serviços e implementação de um sistema de avaliação dos serviços. O deputado do CDS garante que estes objectivos foram abandonados pelo governo regional, ou ficaram “em lume brando”.

O ex-secretário regional da Saúde considera que as unidades de saúde familiar são importantes e lembra que “a Medicina Geral e Familiar ganha cada vez mais importância”. Manuel Brito não defende a passagem de todos os centros de saúde a USF, mas mantém o que escreveu no programa do governo regional.

Sobre as listas de espera, considera que o problema é mais vasto e começa no “acesso” aos cuidados de saúde e ao sistema. “Não posso ter um doente à espera cinco anos”, afirma.

Manuel Brito também considera essencial que a Saúde seja avaliada, com “números credíveis” e reconhece a dificuldade em ter avaliações imparciais, sejam do governo ou dos partidos da oposição. Por isso, defende a criação de um observatório independente para avaliar o sistema. Uma medida para garantir “transparência” e que poderia estar “ligada à própria assembleia”.