Madeira

Pedro Calado defende pagamento às companhias aéreas através de fundo bancário

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O vice-presidente do governo regional acredita que a aplicação de um novo modelo de subsídio de mobilidade, com os passageiros a pagarem apenas a sua parte, não afastará as companhias low-cost, porque terá de ser encontrado uma modelo de pagamento para que não fiquem dependentes do Estado. O vice-presidente do governo regional comentava as afirmações de um director da esayJet que considera o modelo, aprovado na Assembleia da República impraticável.

“O problema não é só para a Madeira, em Canárias aconteceu o mesmo. Uma empresa low-cost aposta muito na forma como está no mercado em termos económicos, pratica preços baixos e tem margens muito reduzidas. Por isso, não pode estar à espera que o Estado demore 90 ou 180 dias a fazer o pagamento, esse é que é o grande problema”, afirma.

Pedro Calado considera que, no caso da easyJet não está em questão a rentabilidade linha da Madeira, “até porque ontem também foram anunciados novos aviões para a easyjet e um deles é para fazer esta linha”.

“O que a esayJet diz é que se o subsídio de mobilidade for tratado como está previsto e ficarem dependentes do Estado para receber o valor, nenhuma companhia low-cost pode assumir isso. Um problema não tem nada a ver com o outro. Uma coisa é fazermos com que o madeirense pague, apenas, o valor do subsídio. Não queremos afastar nenhuma companhia, queremos é encontrar soluções”, explica.

Soluções que deverão passar pelo envolvimento de entidades bancárias, provavelmente a Caixa Geral de Depósitos.

“Com um fundo financeiro, uma conta caucionada financeira ou uma parceria com uma instituição financeira, é possível fazer isso. Podemos criar um valor equivalente ao que tem sido disponibilizado pelo Estado para o subsídio de mobilidade e com essa verba fazer o pagamento directo às companhias aéreas”, afirma.

Questionado sobre a situação das agências de viagens neste novo modelo, lembra que as taxas de emissão de bilhete continuarão a ser cobradas. “Não são afectados em nada”, garante.