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Dançando com a Diferença considera apoio da DGArtes forma de profissionalização

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O responsável pelo grupo Dançando com a Diferença, Henrique Amoedo, disse hoje que o apoio de 120 mil euros, atribuído pela Direcção Geral das Artes (DGArtes), representa a possibilidade de profissionalizar o grupo.

“É importante para profissionalizar parte do elenco, já que o projecto apresentado está centrado basicamente nisso”, disse o responsável da companhia, que desenvolve o projecto artístico como forma de inclusão social de pessoas com deficiência.

De acordo com os resultados finais do programa de apoio sustentado à dança 2018-2021, nas modalidades de apoio bienal e quadrienal, hoje divulgados, 21 entidades vão receber apoio financeiro, num total de 5,9 milhões de euros.

Pela primeira vez, os apoios da DGArtes foram estendidos às regiões autónomas, o que permitiu a candidatura do grupo liderado por Henrique Amoedo.

“Esta alteração da lei foi importante para nós, para o tecido artístico de uma forma geral, na Madeira, para podermos concorrer aos apoios nacionais, algo que não era possível antes”, afirmou Henrique Amoedo, ressalvando a necessidade de manter o projecto com a estabilidade possível.

“Um passo a seguir é a estabilidade num projecto organizado, com apoio fixo que faz com que possamos manter a nossa estrutura e reforçá-la, pensando, principalmente, na contratação de pessoal”, afirmou, considerando que também “existe um reconhecimento da envolvência adjacente ao próprio projecto de inclusão”.

Quanto à aprovação final da candidatura, o responsável lembrou que ainda há todo um processo legal a ter em conta, na fase de finalização, até à contratualização desse apoio.

“Mas é bom ver o nosso projecto reconhecido, não só pelo apoio financeiro que garante alguma estabilidade às nossas actividades para os próximos dois anos, mas também pelo reconhecimento do tipo de trabalho que fazemos dentro do Ministério da Cultura e da DGArtes”, explicou.

Henrique Amoedo disse ainda que os 120 mil euros concedidos não serão o suficiente, mas a companhia irá manter os apoios regionais, já que os diferentes apoios públicos “não podem ser usados para a mesma coisa”.

Realçou ainda que a concessão de apoio e a concretização dos pagamentos implicam a necessidade de o grupo ter uma margem de receitas próprias, “sendo que as de 2018 já são muito equalizadas”. Quanto às de 2019, estão a trabalhar nesse sentido, “vendendo espectáculos para fazer mais receitas”.

O grupo Dançando com a Diferença tem como objectivo a promoção e utilização das diferentes linguagens artísticas como elemento de inclusão social de pessoas com deficiência, desenvolvendo actividades que podem estar inseridas nos âmbitos artísticos, educacionais, terapêuticos ou de apoio a processos terapêuticos.