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Exposição da Colecção Joan Miró em Itália é “um ato de internacionalização”

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A inauguração da exposição “Joan Miró: Materialidade e Metamorfose”, que hoje decorreu na Fondazione Bano, em Pádua, Itália, é “um ato de internacionalização”, considerou o ministro da Cultura de Portugal, Luís Filipe Castro Mendes.

A mostra, que expõe as 85 peças da Coleção Joan Miró, propriedade do Estado português, estará patente no Palácio Zabarella, da Fondazione Bano, até 22 de junho, no âmbito da itinerância organizada pela Fundação de Serralves.

As obras do artista catalão Joan Miró (1893-1983) são expostas no estrangeiro pela primeira vez, depois de terem sido mostradas na Casa de Serralves, no Porto, de outubro de 2016 a junho de 2017, onde foram vistas por 240.048 espetadores, e no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, de setembro do ano passado a 13 de fevereiro deste ano, recebendo um total de 49.265 visitantes.

Organizada por Serralves, é coordenada por Marta Almeida, diretora-adjunta do museu, e comissariada pelo especialista mundial na obra de Miró, o norte-americano Robert Lubar Messeri.

Entre as obras expostas estão seis pinturas da conhecida série sobre masonite de 1936, seis tapeçarias de 1972 e 1973, uma das telas queimadas, de uma série de cinco, criada para a grande retrospetiva de Miró no Grand Palais de Paris, em 1974, “Après les constellations”, duas pinturas feitas em 1976, “Mulheres e Pássaros”, óleo sobre tela, de 1968, e “Mulher e Pássaro”, de 1959, “Cabeça”, óleo e colagem sobre tela, de 1973, além de óleos, ‘guaches’, desenhos, colagens e decalques, sobre diferentes superfícies, que se estendem ao longo de quase todo o percurso criativo do artista.

“É um ato de internacionalização. Insere-se numa ideia de levarmos as nossas coisas a serem conhecidas por um público estrangeiro. Não são obras de arte portuguesas, mas é uma coleção importante para nós, pela forma como foi adquirida, pela luta que houve para que ficasse em Portugal”, explicou o ministro da Cultura, em declarações aos jornalistas.