Madeira

eTwinning à conquista da Madeira

Projecto promove a criação de redes de trabalho entre escolas com vista a desenvolver o espírito de cidadania

Foto Shutterstock
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A criação de redes de trabalho colaborativo entre as escolas europeias, com recurso às TIC - Tecnologias da Informação e da Comunicação, de forma a desenvolver o espírito de cidadania europeia é o primeiro objectivo do eTwinning, uma acção do programa eLearning que na passada semana esteve em destaque na III Conferência Diversidades e ainda o II Encontro dos Ambientes Inovadores de Aprendizagem, dois eventos promovidos pela Direcção Regional de Educação para “proporcionar momentos de reflexão através do diálogo e da discussão acerca da temática Inovação em Educação”. Nos dois esteve presente a representante do eTwinning na Madeira, Rosa Luisa Gaspar.

Criado em 2005 e desde 2014 parte do Erasmus+, o programa europeu para a Educação, Formação, Juventude e Desporto, o eTwinning conta a nível global com 620 mil professores.Com a comunicação ‘eTwinning – reinventar a escola – preparar a mudança’, Rosa Luisa Gaspar procurou precisamente divulgar o projecto. “Nos últimos anos em Portugal, tal como em vários outros países democráticos, tem-se assistido à tomada de consciência da importância do pensamento crítico”, refere Rosa Luisa Gaspar, em nota enviada à redacção. Segundo a ‘embaixadora’, o programa “é propiciador do desenvolvimento de mentes abertas e diferenciadoras”, assim como são outros do género, que “têm um impacto que ultrapassa largamente a dimensão individual”.

Revela ainda que na sua intervenção abordou a temática da programação e robótica como espaço privilegiado na interacção de alunos do 1º Ciclo em contexto de mobilidade Erasmus.

“Os limites da escola deixaram de ser os seus limites físicos”, acredita. “ A aprendizagem deixou de se circunscrever ao contexto formal da sala de aula. Para estarem aptos a responder aos desafios que lhes são colocados pela sociedade actual, marcada pela constante mudança, pela imprevisibilidade, pela tecnologia e pelo excesso de informação, os alunos, futuros trabalhadores, não podem ser consumidores passivos e acríticos de um conjunto de conteúdos transmitidos no espaço restrito, formal, da sala de aula. A almejada alteração de paradigma passa pela redefinição do papel / perfil do aluno e pela centralidade que o mesmo deve assumir no seu próprio processo de aprendizagem e pelo desenvolvimento de um conjunto de competências-base, capacidades e valores / atitudes, alicerçadas no trabalho com projectos / de projecto, realizado colaborativamente”, escreveu.