PS-M chama Albuquerque e Calado para explicarem caso de Patrícia Dantas
Intensifica-se a pressão política em redor da noticia do programa da RTP1, Sexta às 9, da passada semana, em que coloca a actual directora regional da Economia como estando arguida num processo que envolve a atribuição de fundos comunitários quando presidia ao Centro de Empresas e Inovação da Madeira (CEIM). Desta vez a bancada parlamentar do PS-M vai chamar o presidente do Governo Regional, depois de ter anunciado que iria requerer a presença do vice-presidente numa tentativa de “aferir se tinham conhecimento que, quando foi nomeada, a directora regional de Economia da Madeira era arguida num dos maiores casos de corrupção do país”.
No ofício que tivemos acesso, o líder da bancada parlamentar socialista, solicita ao presidente da Comissão Especializada Permanente de Política Geral e Juventude, o social-democrata, Adolfo Brazão, que o seu partido considera crucial saber se os governantes “irão manter-se em silêncio sob uma matéria que ganha cada vez mais contornos polémicos?”.
Também querem saber se Miguel Albuquerque e Pedro Calado “mantêm a confiança política na actual directora regional da Economia?”, perguntam a esta distância.
Duas questões que gostariam de ver respondidas depois de recordarem que no programa da RTP 1 “Sexta às 9, do dia 16 de Novembro, foi tornado público um esquema de empresas para obtenção de Fundos Comunitários, através da AIMINHO, com ramificações à Região.
Os socialistas fazem questão de mencionar que “o Ministério Público atribuiu a Patrícia Dantas a participação num esquema de fraude, através de um projecto criado, e nunca concretizado, que rendeu um subsídio de mais de 400 mil euros à AIMINHO”. Ainda no documento é recordado que a acusação do Ministério Público, revela que a directora regional de Economia da Madeira “simulou assinaturas e passou duas faturas falsas”.
Posteriormente, perante as acusações públicas, no dia 17 de Novembro, a própria directora assumiu aos órgãos de comunicação social que, aquando da nomeação para o cargo, “já estava constituída arguida há cinco meses”.