Barreto acusa PSD de se ter “habituado a governar com os impostos a mais” do PAEF
O líder do CDS-PP Madeira reafirmou esta segunda-feira, na Ponta do Sol, que irá estabelecer com os madeirenses e porto-santenses um “compromisso pela baixa fiscalidade”, por forma a contrariar a prática do PSD e do governo, a quem Rui Barreto acusa de se ter “habituado a governar com os impostos a mais” do PAEF.
O líder da oposição fez-se acompanhar da vereadora do CDS- PP na Câmara da Ponta do Sol, Sara Madalena, e do vereador na CMF, Luís Miguel Roda, para dessa maneira exemplificar dois casos em que a intervenção do CDS foi decisiva para garantir o “contrato” pela baixa fiscalidade: na Ponta do Sol, por proposta do CDS, no próximo ano os contribuintes locais irão receber a totalidade dos 5% de IRS - recebem atualmente apenas metade daquele valor; no Funchal, o CDS aprovou o orçamento da Confiança, mas só depois da garantia de que o município irá devolver 1,9 milhões de euros do IRS. Rui Barreto deu ainda o exemplo da Câmara de Santana, que foi das primeiras em todo o país a devolver a totalidade dos 5% de IRS.
O líder dos democratas-cristão explicou que o CDS é “contra as políticas assistencialistas”, diz que compete à política fazer com que as pessoas tenham mais rendimentos e deixar que sejam elas “ a decidir o que fazer ao seu dinheiro”.
“Os madeirenses estão cansados da carga fiscal que lhes foi imposta em 2912, na sequência do Plano de Ajustamento (PAEF)”, afirma, para criticar. “O presidente do governo habituou-se a governar com impostos a mais, e aquilo que nós defendemos no Parlamento, é o que temos feito nas autarquias onde estamos. É o que acontece em Santana, onde somos governo, mas também na Ponta do Sol, onde há uma semana pela intervenção da vereadora Sara Madalena o CDS conseguiu que pela primeira vez a totalidade dos 5% de IRS, um valo na ordem dos 150 mil euros, seja devolvida à população.”
O líder do CDS assegura que não faz política “com demagogia nem hipocrisia”, afirma que “há partidos no Parlamento que defendem coisas que não fazem nas câmaras onde lideram ou são oposição”, ao contrário do seu partido. “Fazemos isto por uma razão muito simples: os madeirenses são os portugueses que pagam mais impostos no país e por isso têm que ver devolvido rendimento, esperamos que no próximo ano, por via do Orçamento, o governo possa ir repondo a baixa fiscalidade que existia antes do Plano de Ajustamento”, defende Rui Barreto.